O preço da carne no Brasil segue em alta, impulsionado por uma combinação de fatores climáticos e econômicos que afetam diretamente a cadeia de produção. As mudanças climáticas têm trazido consequências severas para a agropecuária, com secas prolongadas, chuvas intensas e instabilidade no regime hídrico, impactando a qualidade das pastagens e a disponibilidade de água para o rebanho.
Além disso, a inflação persiste como um agravante, encarecendo insumos essenciais, como ração e medicamentos, e elevando os custos logísticos e de transporte. Com isso, o impacto recai sobre os consumidores, que enfrentam preços cada vez mais elevados nos supermercados e açougues.
De acordo com especialistas, o fenômeno El Niño, que se intensificou neste ano, contribuiu para agravar os problemas climáticos, reduzindo a capacidade de produção em várias regiões. Por outro lado, a inflação global e o aumento das exportações de carne para mercados internacionais, como a China, diminuem a oferta interna, pressionando ainda mais os preços no mercado doméstico.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) aponta que os custos de produção subiram cerca de 20% nos últimos 12 meses. Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) destaca que o preço da carne bovina subiu, em média, 15% no último ano, o maior aumento registrado desde 2022.
Para os consumidores, a alternativa tem sido buscar outras fontes de proteína, como frango, peixe e ovos, que também apresentam reajustes, embora em menor escala. Políticas públicas para mitigar os impactos econômicos e climáticos na agropecuária são vistas como essenciais para conter essa escalada de preços e garantir a acessibilidade do alimento básico.
Enquanto isso, especialistas recomendam cautela nos gastos e planejamento no consumo, buscando promoções e substituições para minimizar os impactos no orçamento familiar.
Redação