Café fica mais caro e preço do pão deve subir no início de 2025

Os brasileiros devem enfrentar novos aumentos nos preços de produtos básicos no início de 2025. O café, uma das bebidas mais consumidas no país, já registra alta nos valores, impactado por fatores como clima adverso e custos elevados de produção. Essa mesma pressão deve chegar ao pão, com previsão de reajuste no preço final ao consumidor.

De acordo com produtores, as condições climáticas desfavoráveis, como secas prolongadas e chuvas irregulares nas principais regiões cafeeiras, prejudicaram a safra de 2024. Isso reduziu a oferta de grãos no mercado, elevando os preços. Além disso, os custos com insumos, transporte e mão de obra aumentaram, pressionando ainda mais o setor.

Atualmente, o preço médio do café em grão subiu cerca de 15% em relação ao mesmo período do ano passado, e a tendência é de que os valores continuem elevados no início de 2025.. Hoje, o Brasil é o maior produtor de café do mundo, com quase 40% da produção mundial. Em seguida, aparece o Vietnã, com quase 20%, Colômbia e Indonésia.

Além do café, o pão francês, presente na mesa da maioria dos brasileiros, deve ter seu preço ajustado. O trigo, principal matéria-prima, segue com cotações elevadas no mercado internacional devido a conflitos geopolíticos e aumento nos custos de produção. Segundo o Sindicato das Indústrias de Panificação, os reajustes podem ser de até 10% no primeiro trimestre de 2025.

Com os aumentos previstos, consumidores poderão sentir a necessidade de ajustar hábitos de compra. Para economizar, muitas famílias já buscam alternativas, como a aquisição de produtos em promoção ou a substituição por itens mais acessíveis. “Se o café subir muito, vou acabar consumindo menos”, comenta a dona de casa Maria de Lourdes.

Os economistas recomendam cautela no planejamento financeiro e ressaltam que os aumentos são reflexos de questões globais, mas que podem ser amenizados com políticas públicas de incentivo à produção e ao transporte de alimentos.

Apesar do cenário desafiador, especialistas acreditam que a estabilização do clima e possíveis incentivos fiscais para o agronegócio podem ajudar a reduzir a pressão sobre os preços no médio prazo. Enquanto isso, o consumidor deve se preparar para enfrentar custos mais altos em itens essenciais logo no início do ano.

Redação

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