Na tarde da última terça-feira, 10 de dezembro de 2024, o Teatro ICA, em Cajazeiras, no alto sertão da Paraíba, foi palco de uma emocionante apresentação que uniu arte e inclusão. Sob a direção da professora de espanhol Kaline Nogueira Cartaxo, a peça “Um Dia Especial na Vila” trouxe ao público uma reflexão sensível sobre o universo do espectro autista, inspirando aplausos e reflexões profundas.
A produção, que adaptou o encantador universo da Turma do Chaves, foi interpretada por talentosos atores mirins do sexto ano do ensino fundamental: Ana Letícia ( Narradora ), Cibelly ( Dona Florinda ), Pedro Henrique ( Seu Madruga ), João Ian ( Kiko ), Ana Beatriz ( Chiquinha ) e Ana Laura ( Chaves ). Mas o grande destaque da tarde foi a jovem atriz mirim que interpretou o icônico personagem Chaves, uma estudante portadora do espectro autista. Sua performance genuína e cativante não apenas arrancou risos e aplausos, mas também ilustrou o poder da inclusão no universo artístico.
A peça abordou de forma leve e didática os desafios e belezas de olhar para a neurodiversidade com empatia. Sob a luz dos holofotes, a vila do Chaves ganhou novas cores, destacando a importância de reconhecer, respeitar e incluir as diferenças. “Cada um desses jovens trouxe algo único ao palco, mas o brilho de ver o Chaves interpretado com tanta autenticidade foi algo que todos levarão no coração”, destacou a professora Kaline, visivelmente emocionada.
No encerramento, a mensagem da peça ressoou forte: a arte tem o poder de transformar e de incluir. A obra é também um chamado para educadores e profissionais da área refletirem sobre o papel fundamental que têm na construção de um ambiente acessível a todos. É indispensável que os professores estejam preparados para identificar, acolher e trabalhar com alunos no espectro autista, incentivando-os a explorar seu potencial criativo em atividades como o teatro. É nesse espaço que as diferenças deixam de ser barreiras e se tornam oportunidades de aprendizado mútuo.
“Um Dia Especial na Vila” é, sem dúvida, um marco na valorização da inclusão, mostrando que, quando há acolhimento, todo dia pode ser especial — na vila ou fora dela.
Redação.
