A Câmara dos Deputados aprovou, ontem (24), a cassação do mandato do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), preso sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018, no Rio de Janeiro.
A decisão foi tomada por ampla maioria: 378 parlamentares votaram a favor da cassação, 20 foram contrários e houve 8 abstenções. O processo de perda de mandato teve origem no Conselho de Ética da Casa, que recomendou a cassação por quebra de decoro parlamentar, em razão da gravidade das acusações que recaem sobre o deputado.
Chiquinho Brazão está preso desde março deste ano, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), após a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, que apontou o parlamentar e seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), como os responsáveis por encomendar o crime. A motivação estaria relacionada a disputas envolvendo grilagem de terras e interesses políticos no estado.
Com a cassação, Chiquinho Brazão perde os direitos políticos e os benefícios do cargo, além de abrir espaço para que o suplente assuma sua vaga na Câmara. A decisão marca um importante desfecho político para um caso que teve repercussão internacional e que há anos mobiliza a sociedade por justiça.
Redação
