A quarta-feira (21) foi marcada por uma troca de declarações entre o deputado estadual Walber Virgolino (PL) e o comunicador Nilvan Ferreira, após rumores de que Nilvan estaria articulando um possível retorno ao Partido Liberal. O episódio expôs as tensões internas no campo conservador da política paraibana e reacendeu debates sobre lealdade ideológica.
Em vídeo publicado no Instagram, Walber foi direto ao rejeitar a ideia de Nilvan voltar à legenda. “Nilvan Ferreira, procura tua turma, tu escolheu teu lado”, disparou o parlamentar, acusando o comunicador de ter se aliado ao governador João Azevêdo (PSB), ao prefeito Cícero Lucena (PP) e ao deputado federal Hugo Motta (Republicanos) — todos adversários do bolsonarismo, segundo Walber.
O deputado também criticou Nilvan por apagar publicações antigas com aliados bolsonaristas. “Agora quer voltar pro bolsonarismo? Não podemos aceitar político camaleão. Uma hora está de um lado, depois está do outro. Isso é oportunismo”, afirmou.
A postagem foi reforçada por uma legenda em tom firme: “Mais chato, mais velho e sem tempo para ser enganado, usado, pra forçar amizade e fazer questão.”
Horas depois, Nilvan respondeu durante sua participação no programa Correio Debate, da 98 FM, mas adotou um tom conciliador. “Eu não tenho motivo de brigar com Walber. Ele vai brigar sozinho, se quiser brigar comigo, eu não brigo”, disse, evitando entrar em confronto direto com o deputado.
Nilvan afirmou ainda que foi pressionado a rebater com mais agressividade, inclusive relembrando que Walber foi secretário de Ricardo Coutinho, mas preferiu não alimentar a polêmica. “Eu não vou fazer isso”, declarou.
Sobre a aliança com João Azevêdo em 2024, Nilvan explicou que se tratou de uma decisão estratégica do Republicanos, partido que ele já deixou. “Ideologicamente, eu não mudei em nada. Foi uma construção feita por Hugo Motta, em troca do apoio ao Republicanos em Campina Grande.”
Apesar das críticas, Nilvan reafirmou seu alinhamento com valores conservadores. “O que eu penso ideologicamente ninguém muda. Tenho posição, tenho postura”, concluiu.
O episódio evidencia as fraturas dentro do espectro conservador na Paraíba, principalmente no momento em que se discutem alianças e reposicionamentos visando as eleições de 2026.
Redação D1
