O senador Efraim Filho encontrou uma luz enorme no fim do túnel. O apoio do PL – e do bolsonarismo – para sua candidatura ao governo o coloca num patamar de disputa que ele praticamente tinha perdido por causa de federação União Brasil com o PP, tirando de suas mãos o poder de manejar como bem quisesse seu partido nas eleições de 2026.
Ele confirma os avanços da aliança com o PL de Bolsonaro, dirigido na Paraíba pelo ex-ministro Marcelo Queiroga. Mas freia o tema em relação à filiação ao partido. Por ora, de forma muito clrara, ele aguarda o desfecho da posição da federação UP – que transformou as duas legendas num super partido com mais de 100 deputados na Câmara – a respeito da posição em relação ao governo Lula.
Há sinais de rompimento e desembarque da base governista. E, se isso acontecer, o barco vira em favor de Efraim, que apesar de estar no governo Lula, não morre lá de amores. Dificultando, na verdade, a vida do vice-governador Lucas Ribeiro, do PP, que inserido na base do governador João Azevedo (PSB), vai ter que pedir green card para não votar no candidato anti Lula em 2026.
Se houver rompimento, obviamente, a decisão vale para quem é do União Brasil e do PP.
Independentemente disso, o lado positivo para Efraim Filho é que se transformando em candidato bolsonarista, ele acaba tendo maior penetração na Grande João Pessoa. E em Campina Grande, sem fazer muito esforço. Tendo o desafio de conquistar o sertão e outras regiões por contra própria.
Atenção ! É claro que isso impõe um teto a Efraim Filho. Sobretudo na Paraíba que deu a Lula uma votação de quase 70%. Mas é melhor ter teto do que não ter um piso. Traduzindo: é melhor 50% de alguma coisa do que 100% do nada.
E Efraim Filho, neste movimento, sai do ponto de inércia. E entra no jogo, empurrando, inclusive, os Cunha Lima para o papel secundário desta construção oposicionista.
D1 com Blog Luis Torres