A Paraíba registrou 19 casos de feminicídio entre janeiro e junho de 2025, segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O número é alarmante e representa o segundo pior resultado dos últimos dez anos, ficando atrás apenas de 2018, quando 22 mulheres foram assassinadas por razões de gênero no mesmo período.
O dado revela a persistência e a gravidade da violência contra a mulher no estado, reforçando a urgência de políticas públicas efetivas para prevenir e combater esse tipo de crime. Especialistas e autoridades apontam que, embora haja avanços na legislação e nas redes de apoio, ainda é necessário ampliar as ações de conscientização, acolhimento e proteção das vítimas.
Nesse contexto, ganha destaque o Agosto Lilás, campanha instituída pela Lei 11.130/2018, de autoria da deputada estadual Camila Toscano (PSDB). A lei incluiu oficialmente o mês de agosto no calendário estadual como um período dedicado ao enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher. Durante o mês, são realizadas campanhas educativas, rodas de diálogo, palestras e atividades de mobilização em escolas, órgãos públicos e comunidades.
“Mais que simbólico, o Agosto Lilás é uma oportunidade para ampliar debates, fortalecer redes de proteção e garantir que as mulheres saibam que não estão sozinhas”, afirmou Camila Toscano, que preside a Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa e também coordena a Rede de Mulheres das Américas.
A expectativa é que, por meio dessas ações, a Paraíba avance na prevenção e na redução dos casos de feminicídio, transformando estatísticas preocupantes em histórias de superação e proteção.
Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Redação D1