Coordenador do Polo de Distribuição de Soja explica dificuldades no abastecimento e defende transparência na execução do programa em Cajazeiras; ouça

O coordenador do Polo de Distribuição de Soja do Programa de Manutenção do Rebanho Paraibano, Jerfesson, esclareceu, nesta quarta-feira (8), durante entrevista ao programa Boca Quente – Parte II, apresentado por Jarismar Pereira, a atual situação do polo de Cajazeiras, que enfrenta sérias dificuldades de abastecimento. Segundo ele, o problema não está na gestão local, mas sim na baixa oferta de soja, que tem dificultado o atendimento à grande demanda dos 15 municípios atendidos pelo programa.

Jerfesson explicou que o Polo de Cajazeiras funciona por meio de uma cooperação técnica entre o Governo da Paraíba e a Prefeitura Municipal, formalizada pelo termo nº 01225. A SEDAP (Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca) é responsável por toda a gerência, coordenação e execução do programa, enquanto o município oferece uma contrapartida mínima, com dois servidores, espaço físico para até mil sacos de soja e estrutura básica de atendimento.

De acordo com o coordenador, a escassez de produto é resultado do baixo fornecimento pela empresa vencedora da licitação, que inclusive já foi notificada pelo Governo do Estado por descumprimento contratual, conforme publicado no Diário Oficial. “A demanda é muito alta e o nosso fornecimento está muito baixo. O problema não é o polo, é a falta de mercadoria”, destacou.

Jerfesson também rebateu críticas sobre a emissão de boletos sem disponibilidade de estoque. Segundo ele, o episódio ocorreu apenas no primeiro dia de funcionamento do polo, quando a procura foi muito superior ao previsto. Após a ocorrência, o procedimento foi ajustado, e a emissão de boletos passou a ser feita exclusivamente enquanto houver soja disponível. “Quando o estoque zera, automaticamente a emissão é encerrada”, explicou.

Ele relatou ainda que muitos agricultores chegam ao polo ainda na noite anterior para garantir atendimento, e que há uma equipe responsável por distribuir fichas para organizar a fila, evitando tumultos. “Nós chegamos às 6h da manhã nos dias de venda para dar suporte aos agricultores. Há uma ordem rigorosa, e todos são atendidos conforme a disponibilidade do produto”, afirmou.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de criar polos regionais para atender áreas específicas, Jerfesson reconheceu que a proposta é positiva, mas destacou que a decisão não cabe à coordenação local, e sim à SEDAP. “O programa é estadual e foi criado para atender todos os 15 municípios da região. Se houvesse mercadoria suficiente, poderíamos ampliar o atendimento, mas no momento não há como dividir o que já é escasso”, finalizou.

Ouça a participação de Jerfesson no Boca Quente:

Redação D1

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