A escolha do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do projeto de lei antifacção, principal proposta do governo Lula (PT) na área da segurança pública, reacendeu a desconfiança do Palácio do Planalto em relação ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Segundo reportagem da Folha de S.Paulo publicada neste domingo (10), o gesto de Motta foi visto como um aceno à base bolsonarista e pode afetar as pretensões eleitorais de seu pai, Nabor Wanderley, pré-candidato ao Senado em 2026.
De acordo com a Folha, o governo esperava uma indicação alinhada ao Executivo, mas Motta escolheu Derrite, atual secretário de Segurança Pública de Tarcísio de Freitas (Republicanos), adversário político de Lula. A decisão foi interpretada como um movimento político que contraria a aproximação recente do deputado paraibano com o Planalto.

Nos últimos meses, Motta vinha participando de eventos do governo, apoiando pautas de interesse do Executivo e articulando com partidos do centrão para reforçar sua posição em Brasília. A escolha de Derrite, contudo, levantou dúvidas sobre essa aliança e expôs a fragilidade da relação entre o parlamentar e o governo, especialmente em um momento em que a segurança pública é tratada como prioridade política por Lula.
Difusora1 com informação do Portal Correio



