A Polícia Federal realizou buscas nesta quarta-feira (12) em endereços ligados a Mario Botion, então diretor de Convênios da Secretaria de Governo de São Paulo e responsável por repasses a municípios da região de Campinas. A ação, parte da operação Coffee Break, ocorreu no mesmo período em que o secretário licenciado Guilherme Derrite (PP-SP) tentou alterar o PL Antifacção para limitar investigações da PF, proposta cuja derrota, segundo Carlos Minc, mostrou que “pressão popular e institucional funcionou”. Botion deixou o cargo horas após a operação.
Conduzida pela PF e pela Controladoria-Geral da União, a Coffee Break apura fraudes em contratos de material didático envolvendo empresas de Sumaré e Hortolândia. Em Limeira, onde Botion foi prefeito por dois mandatos, agentes encontraram R$ 2,1 milhão em espécie. Ao todo, foram cumpridos 50 mandados em São Paulo, Paraná e Distrito Federal, e a CGU informou que “as investigações apontaram indícios de crimes contra a Administração Pública”.
Indicado ao cargo em 31 de julho pela pasta comandada por Gilberto Kassab, Botion responde a duas ações de improbidade ainda sem decisão. A PF afirmou que “os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, contratação direta ilegal e organização criminosa”.
Difusora1 com informações da Revista Fórum


