O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), manifestou desconfiança sobre o apoio declarado do vice-prefeito de João Pessoa, Leo Bezerra (PSB), durante a filiação de Cícero Lucena ao MDB. Em agenda administrativa no Polo Têxtil de Mangabeira, Azevêdo criticou a lógica de votar em Cícero para o Governo e em si próprio para o Senado: “Eu duvido muito que parceiros que estejam dizendo isso subam no palanque e peçam voto para mim no palanque deles. Você acha que isso vai acontecer na prática?” Ele reforçou que Leo segue filiado ao PSB e que a coerência será cobrada no momento certo: “Eu só vou cobrar alguma coisa de Leo quando ele estiver sentado na cadeira. Aí sim. Até lá, ele tem compromisso com o PSB.”
Apesar do incômodo do governador, Leo Bezerra manteve postura amistosa no evento de filiação de Cícero, realizado na Maison Blu’nelle, e evitou polêmica. O vice-prefeito declarou seu prestígio pelo “amigo e parceiro” Cícero e reafirmou voto em ambos: “Não deixo de votar em João Azevêdo de forma nenhuma. Tenho gratidão. E também não seria justo não votar em Cícero. Eles não vão competir.” Sua presença e esforço para equilibrar a lealdade entre os dois se tornaram destaque político do dia.
O episódio evidencia a reacomodação de alianças na capital e no estado, com antigas parcerias sendo testadas à medida que o ciclo eleitoral de 2026 se aproxima. A declaração de Azevêdo deixa claro que, para o PSB, a margem para “lealdade dupla” deve se reduzir, e que decisões sobre apoios futuros deverão ser acompanhadas de coerência partidária.
Difusora1 com informações do Fonte83
