Donald Trump afirmou neste sábado (29) em rede social que “a todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e traficantes de pessoas, por favor, considerem o espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela como totalmente fechado”. Sem poder legal para impor tal medida, o alerta reduziu rapidamente os voos sobre o país, que já vinham caindo após aviso da Agência de Aviação Civil americana sobre risco crescente e aumento da atividade militar. Em resposta, Nicolás Maduro revogou licenças de seis companhias, entre elas Gol e Latam Colômbia, enquanto o governo venezuelano chamou a declaração de “ameaça colonialista”.
A tensão ocorre em meio ao reforço militar dos EUA no Caribe: cerca de 15 mil militares estão na região, distribuídos entre uma base em Porto Rico e ao menos nove navios, incluindo porta-aviões e submarino nuclear. Desde setembro, os americanos bombardearam mais de 20 barcos no Caribe e no Pacífico, resultando em 83 mortes, alegando — sem apresentar provas — combate a narcoterroristas ligados a Maduro, classificado como líder de um cartel agora tratado como grupo terrorista estrangeiro.
Moradores de Caracas relatam preocupação com viagens e negócios afetados. Enquanto autoridades americanas visitam tropas e o movimento militar se intensifica, o New York Times informou que Trump conversou com Maduro há cerca de uma semana para discutir possível encontro, sem detalhes divulgados pela Casa Branca.
Difusora1 com informações do G1