O general Augusto Heleno cumpre pena de 21 anos em regime inicialmente fechado por participação no plano de golpe de Estado de 2022 e aguarda decisão sobre pedido de prisão domiciliar. A defesa esclareceu ao STF que o diagnóstico de Alzheimer ocorreu apenas no início deste ano, contestando informação do Exército de que a doença existiria desde 2018. O ministro Alexandre de Moraes havia solicitado que a defesa apresentasse todos os exames, laudos e relatórios médicos produzidos desde 2018 para avaliar a solicitação.
Segundo a defesa, Heleno recebeu acompanhamento médico e psiquiátrico desde 2018, mas o diagnóstico foi confirmado apenas em 2025. O advogado destacou que não houve intenção de omitir informações, pois a doença não era relevante para fatos anteriores à manifestação clínica, e que o general respondeu apenas às perguntas de seu advogado durante o interrogatório devido à dificuldade em relatar fatos e cronologias.
O parecer da Procuradoria-Geral da República é favorável à prisão domiciliar, e a defesa reiterou ao ministro Moraes o pedido para concessão da medida em caráter humanitário, considerando a idade avançada do general (78 anos) e o quadro de doença neurodegenerativa progressiva.
Difusora1 com informações da CNN