Paraibano de Bonito de Santa Fé é alvo da Operação Rescue 18 por armazenar e comercializar pornografia infantil; PF cumpre mandado em São Paulo

A Polícia Federal deflagrou, nas primeiras horas desta quinta-feira (4), a Operação Rescue 18, destinada a combater crimes de exploração sexual infantil no ambiente digital. O alvo principal da ação é um paraibano natural de Bonito de Santa Fé, no Alto Sertão da Paraíba, apontado como um dos responsáveis por armazenar, compartilhar e até comercializar grandes quantidades de imagens e vídeos de pornografia infantil.

Embora natural de Bonito de Santa Fé, o investigado estava atualmente morando na cidade de São Paulo, onde agentes federais localizaram o suspeito e cumpriram o mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Federal. A operação buscou desarticular suas atividades criminosas e coletar novas provas que possam ampliar o alcance das investigações.

Segundo a Polícia Federal, o caso teve início a partir da análise de conteúdos repassados pelo Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantojuvenil (SERCOPI), sediado em Brasília. O material chegou ao setor especializado por meio de uma cooperação internacional com o National Center for Missing and Exploited Children (NCMEC) — entidade norte-americana responsável por monitorar e reportar indícios de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na internet.

Com base nas informações enviadas pelo NCMEC, a PF na Paraíba iniciou um trabalho minucioso de rastreamento, que levou à identificação de um usuário residente em Bonito de Santa Fé, segundo a investigação, diretamente envolvido na manipulação e distribuição desse tipo de conteúdo criminoso. A partir desse ponto, diligências de campo foram realizadas e confirmaram que o suspeito havia se deslocado para São Paulo, levando a Polícia Federal a representar pela medida de busca e apreensão.

Durante o cumprimento da ordem judicial, os agentes apreenderam dispositivos eletrônicos, computadores e mídias de armazenamento pertencentes ao suspeito. Todo o material será encaminhado para a Perícia Criminal Federal, que irá analisar cada arquivo para identificar conteúdos envolvendo abuso sexual infantil e possíveis evidências de compartilhamento ou comercialização nas redes.

Caso as suspeitas sejam confirmadas, o paraibano poderá responder pelos crimes previstos nos artigos 241, 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que tratam da produção, armazenamento, divulgação e comércio de pornografia infantil. As penas combinadas podem ultrapassar dez anos de reclusão, além de outras consequências judiciais.

A Polícia Federal destaca que seguirá aprofundando as investigações para identificar possíveis conexões e eventuais outros envolvidos no esquema criminoso.

Redação D1

Gostou Compartilhe..