A CPMI do INSS aprovou nesta quinta-feira 4 a convocação de Daniel Vorcaro, CEO do Banco Master, e do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). As decisões integram o esforço do colegiado para aprofundar a apuração sobre a atuação de bancos e financeiras na oferta de crédito consignado a aposentados e pensionistas.
No caso de Vorcaro, a aprovação foi unânime. O executivo, que permaneceu 12 dias preso e atualmente usa uma tornozeleira eletrônica, será chamado a depor em uma etapa das investigações dedicada a esclarecer possíveis irregularidades na concessão de consignados. Além da convocação, os congressistas autorizaram a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático do empresário.
Os parlamentares rejeitaram, contudo, chamar outras figuras ligadas ao setor financeiro, como Leila Pereira (Crefisa) e Marcelo Kalim (C6 Bank).
A CPMI também aprovou, em votação simbólica, a convocação de Zema. O pedido partiu do deputado Rogério Correia (PT-MG), que apontou suspeitas envolvendo a Zema Financeira, empresa da família do governador. Segundo o requerimento, a instituição teria sido favorecida por uma medida provisória que permitiu o uso do Auxílio Brasil para contratação de empréstimos consignados.
A defesa de Zema enviou manifestação prévia ao colegiado, afirmando que ele se afastou formalmente da companhia em 2018 e atribuindo motivação político-eleitoral ao requerimento.
As decisões ocorreram na última reunião da CPMI em 2025. O presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que solicitará uma prorrogação de 60 dias para continuidade dos trabalhos.
D1 com Carta Capital