Um auxiliar do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) reuniu-se na madrugada desta terça-feira (9) com o presidente do Comitê de Imprensa da Câmara, Victor Ohana, para relatar que o presidente da Casa está “indignado” com a ação da Polícia Judiciária contra jornalistas no plenário. Profissionais de diversos veículos relataram truculência durante a retirada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que ocupava a cadeira de Hugo em protesto contra a votação de sua cassação, e afirmaram também terem sido impedidos de entrar no local.
Segundo o assessor de comunicação da Presidência da Câmara, Gilclécio Lucena, Hugo não autorizou nem a ação da Depol nem a restrição de acesso e determinou a apuração do episódio. Pessoas próximas ao deputado avaliam que o caso expôs um “erro estrutural” no protocolo da Câmara para situações semelhantes.
A CNN Brasil apurou que o Comitê de Imprensa já havia alertado Hugo, em 4 de setembro, sobre uma “escalada” da agressividade da Polícia Legislativa contra jornalistas e cobrou medidas concretas para apurar as agressões, além de solicitar um canal direto de diálogo com o presidente da Casa. A Federação Nacional dos Jornalistas e o Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal divulgaram nota na qual repudiam “veementemente” a violência contra profissionais de imprensa e o desligamento do sinal da TV Câmara durante a retirada de Glauber Braga.
Difusora1 com informações da CNN