Em comentário contundente no Programa Boca Quente – Parte Dois, o comunicador Jarismar Pereira voltou a criticar o acirramento político em Brasília e defendeu que o país só avança com o cumprimento rigoroso da lei, independentemente de partidos, cargos ou alianças.
Logo no início, Jarismar destacou que não há como fugir do impacto das decisões tomadas na capital federal: “Não tem jeito, tem que voltar para Brasília”, disse, ao comentar o julgamento retomado no Supremo Tribunal Federal. Ele frisou que a votação, conduzida de forma colegiada, demonstra transparência: “Não foi decisão monocrática; ele chamou logo para todo mundo votar”.
Ao abordar as críticas dirigidas ao ministro Flávio Dino, o comunicador rebateu a narrativa de interferência do Supremo no Congresso. Segundo ele, os pedidos de investigação partiram dos próprios parlamentares: “Como é que os deputados denunciam e o caba não vai investigar lá dentro?”, questionou. Jarismar citou depoimentos tornados públicos pela Polícia Federal envolvendo cinco deputados e um senador, incluindo denúncias sobre supostas irregularidades em emendas parlamentares.
Para ele, a investigação é obrigatória quando há indícios, e não uma disputa entre poderes: “Ladrão é para estar preso. Não interessa se é do Congresso, do Supremo ou do Executivo.” Em sua análise, a politização do tema distorce o debate e cria falsas narrativas de perseguição: “As coisas só estão acontecendo porque está errado. Se estivesse certo, não tinha ninguém lá.”
Jarismar também criticou o argumento de que decisões judiciais seriam direcionadas por rivalidade política entre Lula e Bolsonaro. Para ele, a discussão deve se restringir ao cumprimento da lei: “Não veja Bolsonaro de um lado, nem Lula do outro. Veja apenas uma coisa: você é a favor de que a lei seja descumprida?”.
Encerrando o comentário, reforçou que nenhuma autoridade pode estar acima das regras: “Ele pode ser papa. Se infligir a lei, vai responder.” E concluiu com um apelo ao senso comum: “O certo tem que ser o certo. Ande dentro da lei e acabou-se.”