A investigação sobre o assassinato do vereador Peron Filho, ocorrido em setembro de 2025, no Litoral Norte da Paraíba, ganhou novos e relevantes desdobramentos nesta terça-feira (16). Um dos principais suspeitos do crime, o então secretário de Transportes e Mobilidade do município de Jacaraú, Jeferson Carvalho da Silva, confessou participação no homicídio, conforme confirmação divulgada pelas autoridades responsáveis pelo caso.
Jeferson Carvalho havia sido preso temporariamente no dia 30 de outubro, durante uma operação da Polícia Civil da Paraíba, ao lado do então secretário municipal de Administração, Antônio Fernandes. Diante do avanço das investigações e da gravidade dos indícios reunidos, as prisões temporárias foram posteriormente renovadas a pedido da Polícia Civil. No mesmo dia em que foram detidos, ambos foram exonerados de seus cargos pela Prefeitura de Jacaraú.
Além dos dois ex-secretários municipais, outros dois homens também foram presos no decorrer da apuração. Segundo a Polícia Civil, eles são suspeitos de terem sido contratados para executar diretamente o vereador, o que reforça a linha investigativa de crime premeditado e com possível motivação política.
Peron Filho foi assassinado com três disparos de arma de fogo pelas costas, quando retornava para casa em uma motocicleta após participar de uma partida de futebol. O crime aconteceu na entrada do município de Pedro Régis e causou grande comoção na região, intensificando cobranças por respostas rápidas e rigorosas das autoridades.
O caso passou a envolver ainda o prefeito de Jacaraú, Márcio Aurélio Cruz, que foi formalmente incluído nas investigações da Polícia Civil. A apuração considera uma reunião classificada como suspeita, realizada cerca de 25 dias após o homicídio, entre o gestor municipal e os ex-secretários presos. De acordo com a denúncia que motivou a investigação, o encontro não teria tratado de assuntos administrativos, o que levantou suspeitas sobre seu real objetivo.
As investigações seguem em andamento, com a análise de documentos, aparelhos eletrônicos e outros materiais apreendidos, que podem indicar a participação de novos envolvidos ou o aprofundamento das responsabilidades já identificadas. Parte do inquérito já foi encaminhada ao Tribunal de Justiça da Paraíba, que conduz apurações paralelas em conjunto com os órgãos investigadores, enquanto a Polícia Civil trabalha para a conclusão do caso e o esclarecimento completo das circunstâncias e motivações do crime.
Redação D1