Entre os 30 municípios com menores PIBs do Brasil em 2023, 11 estão na Paraíba, conforme informações divulgadas pelo IBGE. Areia de Baraúnas, no Sertão, ocupou o segundo lugar entre os menores valores do Brasil, com um PIB de R$ 27 bilhões.
Outras três cidades estavam entre os quinze menores resultados brasileiros: Parari (R$ 28 milhões), na 3ª posição; Quixaba (R$ 30,6 milhões), na 6ª colocação; e Coxixola (R$ 30,9 milhões), na 7ª. Todas também tinham participação de 0,03% no PIB da Paraíba.
Entre os 30 menores do país, estavam ainda: Curral Velho (R$ 33,8 milhões), no 11º lugar; Riacho de Santo Antônio (R$ 35,3 milhões), no 14º; Zabelê (R$ 35,3 milhões), no 15º; Passagem (R$ 35,4 milhões), no 16º; São José do Brejo do Cruz (R$ 36,3 milhões), no 17º; Amparo (R$ 37 milhões), no 19º; e Lastro (R$ 37,2 milhões), no 20º lugar.
Cidades com maiores PIBs da Paraíba
Entre 2022 e 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) de João Pessoa passou do 56º para o 49º, entre os cem maiores do país, passando de R$ 24,7 bilhões para R$ 28,4 bilhões. O valor foi o 8º maior do Nordeste, mas entre as capitais foi o 2º menor valor, tanto em termos nacionais quanto regionais, tendo ficado à frente apenas do verificado em Aracaju (R$ 22,3 bilhões).
Além da capital, as cidades com os maiores PIBs da Paraíba, em 2023, eram:
- Campina Grande (R$ 12,9 bilhões);
- Cabedelo (R$ 4,1 bilhões);
- Santa Rita (R$ 3,2 bilhões);
- Alhandra (R$ 3,1 bilhões);
- Patos (R$ 2,6 bilhões);
- Bayeux (R$ 1,9 bilhão);
- Cajazeiras (R$ 1,8 bilhão);
- Sousa (R$ 1,7 bilhão);
- Conde (R$ 1,6 bilhão);
- Guarabira (R$ 1,5 bilhão);
- Mamanguape (R$ 1,1 bilhão).
Em 2023, cinco (2,2%) do total dos municípios paraibanos com os maiores valores do PIB acumularam 53,4% do PIB estadual, enquanto a população residente nestes municípios alcançava 37,5% da população estadual.
Em 2019, um ano antes da pandemia da Covid-19, a proporção acumulada do PIB nesses municípios era de 55,5%, tendo perdido participação em 2020 (54,5%) e 2021 (53,3%), ficando relativamente estável a partir de então, com proporção de 53,7% em 2022.
Alhandra tem maior PIB per capita
De acordo com o estudo, o município de Alhandra continuou a apresentar o maior PIB per capita estadual e o 78º maior valor dentre os cem maiores PIBs per capita do país, em 2023, com valor de R$ 114.880. O valor é mais que o dobro do 2º colocado, Cabedelo, com R$ 61.527.
A pesquisa ressalta que esse número não equivale à renda per capita dos moradores da cidade, uma vez que é apenas o resultado da divisão do PIB municipal pelo total de habitantes. Em terceiro lugar dentre os municípios com os maiores valores do PIB per capita, aparece o Conde (R$ 59.710), seguido de Boa Vista (R$ 50.093) e Santa Luzia (R$ 38.333).
O que é o PIB e como ele é calculado?
O Produto Interno Bruto (PIB) é um indicador que mede a atividade econômica de um país. Ele mostra quanto se produz, consome ou investe no país – ou seja, é uma medida do valor dos bens e serviços que o país produz num período de tempo: na agropecuária, indústria e serviços.
O objetivo desse cálculo é ‘medir a economia’ e o nível de riqueza de uma região. Com o PIB, podemos monitorar como está a economia de um país.
Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor.
No Brasil, quem calcula o PIB é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São levados em consideração dados produzidos pelo próprio instituto, e outros provenientes de fontes externas, como Banco Central do Brasil, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Secretaria da Receita Federal.
Existem três formas de cálculo mais usadas, que devem sempre chegar ao mesmo resultado. São elas:
Oferta
A primeira forma é somar tudo que se produz durante o período de tempo analisado. Nessa conta, entram os resultados da agropecuária, da indústria e dos serviços.
Demanda
A segunda forma de calcular o PIB é somando o que se gastou no país ao longo de um período. Essa método considera a visão da demanda.
Entram nessa conta o consumo das famílias, os gastos do governo e os investimentos das empresas e do governo. Além disso, adiciona-se também o saldo da balança comercial: o que o país exportou menos o que foi importado.
Renda
A terceira é a soma de todas as remunerações. Nesta conta entram salários, juros, alugueis e lucros distribuídos.
D1 com Jornal da Paraíba