O PP (Progressistas) avalia lançar um candidato próprio ao governo de São Paulo em 2026, disseram quadros da cúpula da legenda, sob reserva. Assim, o partido estaria fora de uma coalizão do governador Tarcísio de Freitas em busca da reeleição.
Entre os nomes sondados para a disputa estão Ricardo Salles, deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente; Pablo Marçal, que disputou a prefeitura da capital em 2024 e está inelegível até 2030; além de Filipe Sabará, ex-secretário estadual.
Marçal tenta reverter as três decisões da Justiça Eleitoral que o impedem de ser novamente candidato. Em novembro, o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) reverteu uma das condenações que tinha tornado o empresário inelegível, relacionada à suposta venda de apoio a candidatos a vereador em troca de Pix. Com isso, essa condenação específica deixou de barrar sua elegibilidade. No entanto, ele ainda segue inelegível em outros processos.
A proximidade com Flávio Bolsonaro pesa a favor de Sabará, que tem articulado e promovido, nas últimas semanas, encontros do pré-candidato do PL ao Palácio do Planalto com empresários e investidores em São Paulo.
A cúpula do partido em São Paulo indica que um dos motivos para lançar a candidatura própria seria um “crescente descontentamento” com Tarcísio.
Dirigentes afirmam que prefeitos e parlamentares vêm se queixando sobre “falta de atenção” do Palácio dos Bandeirantes e distanciamento entre governo paulista e interesses da sigla.
Outra das reclamações tem sido a falta de apoio mais incisivo de Tarcísio de Freitas à pré-candidatura de Guilherme Derrite (PL), seu ex-secretário de Segurança Pública, ao Senado Federal em 2026.
Além disso, a legenda acredita que, com um dos nomes sondados, poderia dar sustentação aos seus candidatos a deputado federal e estadual.
Foto: Pablo Jacob/Governo do Estado de SP
D1 com CNN/Brasil