Um total de 25 empreendimentos na região Nordeste do Brasil agora conta com incentivos fiscais da Sudene, atendendo a uma demanda de projetos em nove estados da autarquia. As empresas beneficiadas investiram R$ 579,77 milhões nas unidades federativas onde estão instaladas. A Bahia lidera com nove empresas, seguida pelo Espírito Santo com cinco, Ceará com três, e Piauí e Rio Grande do Norte com duas cada. Alagoas, Maranhão, Paraíba e Sergipe possuem um empreendimento cada.
Heitor Freire, diretor de Gestão de Fundos e Incentivos Fiscais da Sudene, ressaltou que esses projetos são responsáveis pela criação e manutenção de 12.255 empregos diretos e indiretos, sendo 220 deles novos postos de trabalho. Entre os pedidos de incentivos fiscais, 22 estão relacionados à redução de 75% do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), enquanto três se referem ao reinvestimento de 30% do IRPJ.
Dentre os destaques financeiros, a V. Tal – Rede Neutra de Telecomunicações S.A, em Salvador (BA), se sobressai ao investir R$ 404,40 milhões. A empresa é pioneira no modelo de rede neutra de fibra óptica no Brasil e possui a maior infraestrutura de FTTH (Fiber-to-the-Home) das Américas.
Em Quixeré (CE), a Fábrica de Cal S.A destinou R$ 8,72 milhões para a exploração e aproveitamento de jazidas minerais, além da fabricação e comercialização de cal, tintas e calcário. Já a Indústria e Comércio Santa Maria S.A, localizada em Ituverava (ES), investiu R$ 6,38 milhões, tornando-se a terceira maior fabricante nacional de produtos de higiene e limpeza.
Os incentivos fiscais da Sudene têm como objetivo apoiar o setor produtivo nos 11 estados de sua jurisdição. José Lindoso, diretor de Administração da Sudene, afirma que esses incentivos são ferramentas essenciais para o desenvolvimento da região, atraindo investimentos e gerando emprego e renda.
Um estudo realizado pela Universidade Federal do Ceará (UFC) em parceria com a Sudene, divulgado no primeiro semestre deste ano, revelou que, entre 2011 e 2019, a concessão de incentivos fiscais trouxe impactos positivos, como aumento da oferta de empregos formais, redução das desigualdades intrarregionais e maior eficiência na região do semiárido.