Durante entrevista ao programa Boca Quente, da Difusora Rádio Cajazeiras, o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado Adriano Galdino (Republicanos), reafirmou sua disposição de disputar o Governo do Estado nas eleições de 2026. A fala surgiu após questionamento sobre uma declaração do deputado federal Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, que apontou como “natural” a candidatura de quem venha a assumir o Executivo estadual.
“A fala de Hugo Mota foi dizendo que é natural que quem assume o governo possa ser candidato a governador. É natural, também acho. A minha fala também é essa”, disse Galdino, concordando com o posicionamento do colega de partido.
No entanto, Galdino foi além e defendeu que é igualmente natural que o Republicanos, partido que ele integra e que possui ampla representação política na Paraíba, deseje disputar o Palácio da Redenção. Ele destacou que a legenda possui a maior bancada na Assembleia Legislativa, com nove deputados (25% da Casa), três deputados federais e preside tanto a Assembleia quanto a Câmara Federal.
“Partido que não disputa poder tende a diminuir ou até desaparecer. Temos exemplos na própria Paraíba de siglas que foram protagonistas e hoje estão prestes a acabar”, argumentou o deputado, citando a necessidade de manter o protagonismo político da legenda.
Adriano Galdino reconheceu, contudo, que para se viabilizar como nome do partido, precisará cumprir o que chamou de “dever de casa”. Segundo ele, isso inclui apresentar bom desempenho em pesquisas de intenção de voto, mostrar popularidade junto à população, angariar apoio dentro e fora da legenda, e construir pontes inclusive com setores da oposição.
“Esse conjunto de forças – povo, militantes, deputados amigos, lideranças políticas e a confiança popular – é o que vai me credenciar como pré-candidato e, futuramente, governador da Paraíba”, concluiu.
A fala de Galdino sinaliza o início de uma disputa interna no Republicanos e no campo governista sobre quem ocupará a linha de frente na sucessão de João Azevêdo, que termina seu mandato em 2026.
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Redação D1