O assessor técnico da Secretaria de Agropecuária e Pesca da Paraíba, Jerônimo Arlindo da Silva, conhecido como Júnior do Peixe, foi citado nesta segunda-feira (29) durante sessão da CPMI do INSS, em Brasília. O nome dele surgiu quando o relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), interrogava o presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais (Conafer), Carlos Roberto Ferreira Lopes, investigada por suspeitas de fraude contra aposentados.
Ex-diretor da Conafer, Júnior do Peixe foi nomeado assessor no governo João Azevêdo em agosto deste ano. Segundo informações levantadas pela CPMI, ele teria recebido R$ 40 mil mensais da entidade durante o período em que atuou. Questionado, Carlos Roberto Ferreira disse que o paraibano era responsável pela “organização e modernização dos termos de adesão” e o descreveu como “jovem promissor”.
O relator também mencionou um repasse de R$ 900 mil para uma associação supostamente ligada a Júnior do Peixe, mas o presidente da Conafer alegou desconhecer detalhes. Apesar das menções, Gaspar não fez acusações formais contra o assessor, que foi citado apenas no contexto da apuração.
Carlos Roberto Ferreira, no entanto, terminou preso em flagrante na madrugada desta terça-feira (30), durante o próprio depoimento, acusado de mentir à comissão. Ele negou envolvimento em fraudes nos descontos de aposentados e disse desconhecer operações suspeitas conduzidas por pessoas e empresas ligadas à entidade.
Procurado, Júnior do Peixe não comentou as citações recentes. Em nota publicada anteriormente, em maio, ele já havia negado participação em irregularidades, afirmando nunca ter interferido em assuntos ligados ao INSS e que seu trabalho na Conafer se limitou a estudos e projetos institucionais. Até o momento, ele não é alvo formal de investigação.
Redação D1


