A Polícia Civil da Paraíba concluiu a investigação sobre o duplo homicídio que chocou a população do município de Marizópolis, no Sertão do estado, ocorrido na noite da última terça-feira (6). As vítimas foram identificadas como Carla Veríssimo Ramalho, de 30 anos, e Adriano Pereira Alves, de 34 anos. Ambos foram brutalmente assassinados com 14 tiros disparados por José Almi Pinheiro, de 51 anos, sargento da Polícia Militar e ex-companheiro de Carla.
Segundo o laudo pericial divulgado pelo médico legista Luiz Rustenes Fernandes, Carla foi atingida por quatro disparos, sendo dois projéteis localizados no corpo, enquanto Adriano foi alvejado dez vezes, com seis orifícios de saída e a recuperação de mais um projétil no local. O perito detalhou que os disparos contra Carla foram feitos com uma arma de calibre mais potente, enquanto os tiros contra Adriano foram de outro calibre, indicando o possível uso de duas armas diferentes no crime.
O assassinato foi registrado por câmeras de segurança do estabelecimento comercial onde Carla trabalhava. As imagens mostram o momento em que o sargento invade o local e dispara diretamente contra a ex-companheira. Em seguida, ele persegue Adriano, dono do comércio, e o executa a tiros dentro do banheiro do estabelecimento.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ao chegar ao local, constatou que as vítimas já estavam sem vida. A motivação do crime teria sido passional, conforme apuraram os investigadores.
Após o crime, José Almi fugiu em direção ao estado do Ceará, mas foi preso horas depois no município de Iguatu, em uma ação conjunta entre as polícias da Paraíba e do Ceará. Ele segue à disposição da Justiça e responderá por duplo homicídio qualificado.
O caso gerou grande comoção em Marizópolis, especialmente pela frieza do crime e pelo envolvimento de um agente da segurança pública. A Secretaria de Segurança Pública do Estado deve se manifestar sobre o andamento do processo disciplinar contra o sargento nos próximos dias.
Redação D1
