Ato da esquerda no centro de São Paulo tem bandeiras do Brasil e pedidos de prisão para Bolsonaro

A poucos quilômetros da Avenida Paulista, programada para receber uma manifestação bolsonarista na tarde deste 7 de setembro, em São Paulo, representantes de centrais sindicais, de partidos políticos e membros de grupos aliados à esquerda realizam neste domingo, 7, no centro de São Paulo, o tradicional ato Grito dos Excluídos.

Organizado pelo Brasil Popular e Povo sem Medo, a tradicional manifestação, organizada para defender os direitos de grupos marginalizados, chega a sua 31° edição

Este ano, o lema escolhido para o ato é “Cuidar da Casa Comum e da Democracia é luta de Todo Dia”, motivado pelas medidas do presidente dos EUA, Donald Trump, de taxar as importações brasileiras e alegar perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Alguns dos manifestantes vestem camisa da seleção brasileira e empunham bandeiras do Brasil.

A defesa de outras pautas surge também na praça a partir do conteúdo de bandeiras e faixas estendidas, como o fim da escala trabalhista de 6 x 1 (seis dias de trabalho para um de descanso); a “taxação dos super-ricos”; a não anistia aos condenados aos ataques em Brasília, no 8 de janeiro de 2023; e também pela prisão de Bolsonaro, que está sendo julgado pela primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

Manifestantes participam do Grito dos Excluídos Foto: Fabio Vieira/Estadão

Manifestantes participam do Grito dos Excluídos Foto: Fabio Vieira/Estadão

Discursos

“Os verdadeiros patriotas estão aqui na Praça da República”, discursou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). “Defender o Brasil é defender o fim da escala 6 x 1, é taxar os super ricos.” O parlamentar foi bastante assediado pelo público.

Outras lideranças sindicais e políticos, como as deputadas estaduais petistas professora Bebel e Thainara Faria, também participaram dos discursos no caminhão de som. Em discurso uníssono, todos pedem pelo fim da escala 6 x 1, e também pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O coro de “Sem anistia” é um dos mais entoados pelo público. “Este é o verdadeiro grito de independência”, afirmou a vereadora Silvia Ferraro (PSOL-SP), quando foi convidada a fazer a sua fala.

Os discursos também fizeram críticas ao governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de Jair Bolsonaro e possível candidato a presidência, e Donald Trump. Falas em defesa da Palestina e da Venezuela também estiveram presentes nos discursos.

Faixa a favor da soberania brasileira exposta no Grito dos Excluídos Foto: Fabio Vieira/Estadão

Faixa a favor da soberania brasileira exposta no Grito dos Excluídos Foto: Fabio Vieira/Estadão

Vendas

O ato também é uma oportunidade para vendas. Entre os artigos, há bandeiras do PT, do rosto Presidente Lula e também da Palestina.

Entre bonés, há os tradicionais do Movimento dos Trabalhadores e o azul usado pelo equipe do Presidente Lula, com a frase “O Brasil é dos brasileiros”. Mas destaca-se também os que projetam as eleições do ano que vem, com os dizeres “Lula 2026”.

A expectativa é de que o Ato dos Excluídos seja organizado em cerca de 40 cidades pelo País, em pelo menos 23 Estados.

Foto: Fabio Vieira/Estadão

D1 com o Estadão

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