Em uma decisão polêmica, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou o pedido de Jair Bolsonaro (PL) para viajar aos Estados Unidos e participar da posse de Donald Trump. O ex-presidente havia solicitado autorização para comparecer ao evento, mas Moraes considerou a solicitação inadequada, citando as condições pessoais do indiciado e a gravidade dos crimes que lhe são imputados. Para o ministro, a medida era necessária para garantir a aplicação da lei penal e o andamento da instrução criminal.
O despacho de Moraes, datado de 11 de janeiro, exigia que a defesa de Bolsonaro comprovasse a veracidade de um dos convites mencionados na solicitação. No entanto, o pedido foi considerado incompleto e não atendeu aos requisitos legais, pois faltaram documentos essenciais para validar a viagem. De acordo com a decisão, a comunicação sobre o convite foi feita por e-mail ao deputado, o que levantou mais questionamentos sobre a falta de formalidade nos procedimentos.

A negativa do pedido deixa o ex-presidente em uma posição delicada, já que ele enfrenta uma série de processos e investigações relacionadas a atos de seu governo. Bolsonaro já havia sido criticado anteriormente por viagens ao exterior durante o período pós-presidência, e agora sua tentativa de comparecer à posse de Trump parece ser mais um episódio tenso em sua trajetória política e jurídica.
Até o momento, a defesa de Bolsonaro, representada pelo advogado Paulo Cunha, não se manifestou sobre o indeferimento. No entanto, a decisão de Moraes reflete a tensão crescente entre o ex-presidente e o Supremo Tribunal Federal, especialmente em um momento em que os olhares estão voltados para os desdobramentos das investigações que envolvem o político.
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