Durante entrevista ao programa Boca Quente – segunda edição, da Difusora Rádio Cajazeiras, na tarde desta segunda-feira (8), o radialista Ian Braga chamou atenção para a crescente onda de golpes aplicados por criminosos que se passam por advogados na cidade e região. Segundo ele, diversos profissionais do Direito, como Jonas Bráulio e João de Deus Querido Filho, já relataram em suas redes sociais terem suas imagens usadas de forma criminosa para enganar clientes.
“Infelizmente, muitos cajazeirenses já caíram nesse golpe. Tivemos inclusive o caso de uma companheira nossa que foi vítima. Esses criminosos criam perfis falsos, utilizam fotos de advogados conhecidos e entram em contato com clientes prometendo vantagens financeiras”, destacou Ian Braga.
Em resposta, o advogado Dr. Léo Feitosa, membro da OAB Cajazeiras, explicou como funciona o chamado golpe do falso advogado e quais cuidados a população deve tomar.
“Esse é um problema que tem atingido a advocacia em todo o Brasil. O criminoso pega a foto do perfil de um advogado e, usando um número diferente, entra em contato com clientes informando que eles ganharam uma ação judicial. Em seguida, exigem um pagamento para a emissão de uma certidão ou documento falso, prometendo a liberação de valores. Quem não observa o número de contato e confia apenas na foto do perfil acaba caindo no golpe”, alertou.
Dr. Léo relatou que dois clientes de seu escritório chegaram a receber mensagens suspeitas, mas conseguiram confirmar a fraude antes de realizar qualquer pagamento. No entanto, outros colegas da cidade tiveram clientes lesados, com prejuízos considerados altos. O advogado João de Deus, inclusive, chegou a desinstalar temporariamente o WhatsApp após ter seu nome envolvido no golpe.
Para o representante da OAB, a principal forma de combater o crime é por meio da informação.
“A orientação é simples: desconfie sempre. Se receber uma mensagem de número diferente, prometendo valores ou exigindo pagamentos, não faça nenhuma transferência. Ligue para seu advogado e confirme. Esse tipo de contato não é prática da advocacia. É golpe. A população precisa estar atenta para não cair nessa armadilha”, reforçou Dr. Léo.
Ele ainda destacou que a OAB tem buscado apoio de instituições como Ministério Público e Polícia para identificar os criminosos e desarticular as quadrilhas.
“Estamos diante de um cenário preocupante, mas o primeiro passo para barrar esses crimes é a conscientização da sociedade. Quanto mais atentos estivermos, mais rápido conseguiremos frear essa prática que já afetou inúmeros clientes em Cajazeiras e em todo o Brasil”, concluiu.
Ouça o que disse Dr. Léo Feitosa:
Redação D1

