O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta terça-feira (9) que sua candidatura ao Palácio do Planalto nas eleições de 2026 é “irreversível” e que não existe a possibilidade de “voltar atrás”.
“Essa candidatura é irreversível, palavras dele [Jair Bolsonaro]. Não vamos voltar atrás, vamos seguir em frente. A partir de agora é ir conversando com as pessoas, pra ter as pessoas certas ao nosso lado”, disse.
A fala aconteceu após o senador visitar seu pai, Jair Bolsonaro (PL), pela primeira vez após Flávio tornar pública a escolha do ex-presidente por seu nome para disputar a Presidência da República em 2026.
No último domingo (7), o parlamentar chegou a dizer que há um “preço” para que sua possível candidatura ao Palácio do Planalto nas eleições do próximo ano não fosse “até o fim”.
Depois, o senador afirmou que ao “preço” para sua desistência era a elegibilidade de Bolsonaro. Hoje, ele ressaltou a condição: “Bolsonaro livre, ou seja, não tem preço”.
Flávio ainda disse que o ex-presidente pediu para agradecer a lealdade do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que afirmou que o senador “vai contar com seu apoio” e assumirá agora “uma grande responsabilidade” dentro da oposição.
“Ele pediu pra agradecer o governador Tarcísio pela fala dele, ele conseguiu acompanhar pela TV aberta. Eu também quero de público agradecer o posicionamento do governador Tarcísio. A gente vai estar mais junto do que nunca”, disse o senador.
Segundo Flávio, Tarcísio — que era cogitado para substituir Bolsonaro na disputa — deverá “fortalecer” o estado São Paulo. Ao longo dos últimos meses, o governador vinha dizendo que seu objetivo era ser candidato à reeleição.
“Muito importante ele mais forte em São Paulo, que é isso que vai tracionar para a gente fortalecer nosso nome também em rede nacional”, destacou.
Reunião em busca de apoio
Na noite de segunda-feira (8), Flávio se reuniu com dirigentes de diferentes partidos em Brasília para tratar de sua pré-candidatura. Participaram da conversa o presidente do União Brasil, Antonio Rueda; o líder do PP, Ciro Nogueira; e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Ao deixar a Superintendência da PF nesta terça-feira, ele afirmou que a reunião “foi positiva”.
“Minha relação é muito boa com o Ciro, Rogerio Marinho. Conversa foi muito boa, muito franca. Eles estão preocupados com o meu nome, preocupados se eu não tracionar, mas já estou tracionando. Eles foram bem claros, eu fui bem claro em pedir o apoio pra eles e obviamente eles vão conversar com as bases deles. Essa candidatura é para valer, não tem volta”, afirmou.
Ouça:
D1 com CNN/Brasil
