Com Novo PAC, Marinha constrói terceiro navio do Programa Fragatas Classe Tamandaré

O futuro da Defesa Naval brasileira passou por um importante marco em novembro deste ano. Com o investimento de R$ 1 bilhão do Novo Programa de Aceleração de Crescimento foi possível iniciar a terceira construção das quatro fragatas, navios de grande porte, da Marinha do Brasil (MB), no Programa Fragatas Tamandaré.

Os navios modernos e de alta capacidade tecnológica são construídos em território nacional, incluem transferência e participação da indústria local, assim, possibilitando a nacionalização de sistemas avançados, a capacitação de empresas brasileiras e promoção de vagas para os setores qualificados durante o ciclo de vida dos equipamentos.  

A Marinha do Brasil e a Sociedade de Propósito Específico (SPE) Águas Azuis realizou no dia 13 de novembro o corte da primeira chapa de aço da Fragata “Cunha Moreira” (F202), a terceira das quatro fragatas previstas no Programa Fragatas Classe “Tamandaré” (PFCT). 

Essa é a primeira vez que três Fragatas são construídas, ao mesmo tempo, em território brasileiro, com alto índice de conteúdo local. O PFCT faz parte do Programa de Obtenção de Meios de Superfície, que visa modernizar os meios navais da Marinha do Brasil e está incluído no Novo PAC, do Governo Federal, no eixo de Inovação para a Indústria de Defesa. A inclusão garante mais investimentos e possibilita a nacionalização de sistemas avançados, capacitando empresas brasileiras na produção, manutenção e modernização dos recursos empregados ao longo do ciclo de vida dos navios. 

A fragata Cunha Moreira, nome da terceira unidade, poderá atingir a velocidade de 25 nós, que equivale a cerca de 47 km/h. Os enormes navios possuem 107 metros de comprimento, dotados de convoo, hangar de helicóptero, radares, sensores e armamentos, com deslocamento de até 3.465 toneladas. A previsão é de que a terceira Fragata da Classe seja lançada em 2026 e incorporada à Marinha do Brasil em 2028. 

Ainda no dia 13 de novembro, foram inaugurados, em Itajaí, os Escritórios do Grupo de Recebimento das Fragatas Classe Tamandaré. São doze módulos, com área útil total de 325 m². Nos escritórios, vão trabalhar os 112 militares da futura tripulação da F200. 

A estimativa é que a construção e o ciclo de vida das fragatas do programa Tamandaré gerem cerca de 2 mil empregos diretos, 6 mil indiretos e 15 mil induzidos. Somente neste ano foram investidos R$ 1 bilhão nas edificações relacionadas ao projeto. No total, o programa prevê investimentos de R$ 4,3 bilhões até 2026, com mais R$ 1 bilhão planejado para etapas posteriores. A inclusão do PFCT no Novo PAC garante investimentos para a continuação do projeto. 

Sobre o Programa 

O PFCT é considerado o mais inovador projeto de construção naval desenvolvido no Brasil, com mão de obra local e transferência de tecnologia. As fragatas terão alto poder combatente, capazes de proteger a extensa área marítima brasileira, com mais de 5,7 milhões de quilômetros quadrados, a “Amazônia Azul”, além de realizar operações de busca e salvamento, monitorar e combater ações de poluição, pirataria, pesca ilegal, dentre outras ameaças.  

Agência Marinha de Notícias 

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