Comportas da Lagoa do Arroz têm vazão reduzida em mais de 80%; obra de R$ 7,6 milhões avança e reservatório se prepara para receber água da Transposição

O açude Lagoa do Arroz, localizado no município de Cajazeiras, teve sua vazão drasticamente reduzida nesta semana. A abertura das comportas, que anteriormente liberava 300 litros por segundo, passou a liberar apenas 54 litros por segundo, em uma medida técnica tomada para garantir o uso sustentável do reservatório diante do volume atual de água.

Atualmente, o açude armazena 17,9 milhões de metros cúbicos, o que corresponde a 22,36% de sua capacidade total, estimada em 80,3 milhões de metros cúbicos. Mesmo com a redução expressiva na vazão, o reservatório continua exercendo um papel essencial no abastecimento da Zona Norte de Cajazeiras, além das cidades de São João do Rio do Peixe, Santa Helena e Bom Jesus.

A liberação de água também é fundamental para atender comunidades ribeirinhas que dependem do açude para a irrigação de plantações — incluindo frutas, verduras e arroz — e para o consumo humano e animal. O presidente do Comitê Gestor, Jocerlan Guedes, acompanhou o procedimento de redução e garantiu que a nova vazão é suficiente para manter o rio perenizado, evitando prejuízos aos usuários.

Situado no vale do riacho Cacaré, afluente do Rio do Peixe, dentro da bacia do Alto Piranhas, o açude Lagoa do Arroz passa atualmente por um conjunto de obras estruturantes. O consórcio de empresas responsável pelas intervenções já iniciou os serviços de melhoria na parede do açude, no sistema hidromecânico e no sangradouro. As obras, executadas pelo DNOCS e financiadas pelo Governo Federal, somam um investimento previsto superior a R$ 7,6 milhões.

Inaugurado em 1987, o reservatório é considerado estratégico para o desenvolvimento hídrico do Sertão e está no planejamento para receber as águas da Transposição do Rio São Francisco, o que deverá ampliar sua capacidade de atendimento e garantir maior segurança hídrica para toda a região.

Redação D1

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