Na última reunião de 2025, a CPMI do INSS aprovou nesta quinta-feira (4) a convocação do governador Romeu Zema, mas rejeitou os pedidos para ouvir Fábio Luís Lula da Silva, Jorge Messias e representantes de bancos como Santander, C6 e Crefisa. Durante a análise de 181 requerimentos, governo e oposição se dividiram, com acusações de motivações políticas. Antes da votação, o presidente da CPMI, senador Carlos Viana, leu ofício de Zema afirmando que desde 2018 não participa da administração da Zema Crédito e que “não tem esclarecimentos acerca das atividades da Zema Crédito, os quais podem e devem ser prestados pela diretoria da companhia”. O pedido foi apresentado por Rogério Correia, que disse não se tratar de perseguição e afirmou que Zema mantém 16,41% das ações.
Por 19 votos a 12, foi rejeitada a convocação de Fábio Luís Lula da Silva, defendida por Marcel van Hattem. O senador Sergio Moro alegou “fundada suspeita” sobre Lulinha, enquanto o líder do governo, Paulo Pimenta, cobrou provas e disse que o caso não tem relação com a CPMI. O relator, Alfredo Gaspar, relatou ter recebido ligação de Edson Claro dizendo estar “em risco iminente de vida”. A CPMI também rejeitou sete requerimentos para ouvir Jorge Messias, com a oposição apontando seletividade da AGU e a senadora Eliziane Gama afirmando que ele é “uma pessoa de reputação ilibada”.
As convocações de dirigentes de instituições financeiras também foram rejeitadas, apesar das críticas do senador Izalci Lucas, que citou denúncias envolvendo PicPay e Crefisa. Não avançou a quebra de sigilo da Zema Crédito. Por outro lado, foi aprovada a convocação e quebra de sigilos do presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, preso na Operação Compliance Zero e solto por decisão da desembargadora Solange Salgado. A CPMI retirou de pauta a convocação do ministro Wolney Queiroz, aprovou diversas quebras de sigilos, rejeitou pedidos envolvendo Carlos Lupi e não acatou a convocação de Danielle Miranda Fonteles. Ao final, Carlos Viana afirmou buscar assinaturas para prorrogar o prazo da comissão além de 28 de março de 2026.
Difusora1 com informações do Senado Federal