O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), vice-líder da oposição na Câmara, apresentou na terça-feira (4) representações à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que sejam investigadas possíveis irregularidades no aluguel do barco Iana III. A embarcação foi utilizada para acomodar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a primeira-dama Janja da Silva e integrantes do governo durante eventos relacionados à COP30, em Belém (PA).
Segundo Sanderson, a contratação do barco levanta dúvidas sobre legalidade, transparência e economicidade, especialmente porque a Marinha do Brasil havia disponibilizado uma embarcação oficial, sem custo adicional, que acabou sendo rejeitada sob a justificativa de não atender aos critérios de conforto da Presidência. “É uma despesa inconveniente, absurda e inoportuna”, afirmou o deputado no documento. Ele acrescentou: “a Marinha havia disponibilizado um navio gratuito, seguro, pronto para ser usado, mas que foi descartado porque não era confortável o bastante”.
A escolha do Iana III, de três andares, 45 metros de comprimento por 8 metros de largura, com ar-condicionado em todas as instalações e atracado na Base Naval de Val de Cães, foi revelada por reportagem da Folha de S.Paulo, publicada na segunda-feira (3). Operado pela empresa Icotur Transporte e Turismo, de Manaus, o barco conta com quatro tripulantes fixos e equipe adicional de apoio. O governo justifica a opção pelo Iana III devido à falta de vagas em hotéis e aos preços elevados na rede hoteleira da cidade durante a COP30, evento que reúne lideranças internacionais para discutir mudanças climáticas.
Difusora1 com informações do Conexão Política
