O Brasil atingiu, em 2024, uma taxa anual de desocupação de 6,6%, a menor da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em 2012. Os dados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e foram divulgados nesta sexta-feira (31).
O número de brasileiros desempregados em 2024 chegou a 7,4 milhões — 1,1 milhão a menos do que foi registrado em 2023. Já a taxa anual de informalidade passou de 39,2% em 2023 para 39,0% em 2024.
O nível da ocupação, ou seja, o percentual de ocupados na população em idade de trabalha, foi estimado em 58,6% em 2024, 1,0 p.p. a mais que em 2023 (57,6%). Foi o maior nível de ocupação da série histórica, que antes havia sido registrado em 2013 (58,3%). A taxa anual de informalidade passou de 39,2% em 2023 para 39,0% em 2024.
Carteira de trabalho
A pesquisa também mostra que o número de empregados com carteira de trabalho aumentou em 2,7% e chegou a 38,7 milhões de pessoas, a média mais alta da série iniciada em 2012.
Já a estimativa anual de empregados sem carteira assinada no setor privado mostrou aumento de 6,0% em 2024 e foi para 14,2 milhões de pessoas. Em relação a 2014, quando a estimativa havia sido de 10,8 milhões de pessoas, o aumento foi de 31,1%.
Trabalhadores por conta própria
Na análise de trabalhadores que atuam por conta própria, o estudo totalizou 26,0 milhões em 2024, alta de 1,9% no ano. Frente a 2012, início da série, quando esse contingente foi o menor da série (20,1 milhões), houve alta de 29,5%.
Grupos
Transporte, Armazenagem e Correio
O setor teve o maior aumento percentual de população ocupada em relação a 2023, de 7,8%, e passou a registrar 5,9 milhões de trabalhadores em 2024.
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas
É o grupamento com mais pessoas ocupadas em números absolutos (19,8 milhões), teve o maior aumento na comparação com o ano anterior, ocupando mais 733 mil pessoas em 2024, crescimento de 3,9%.
Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais
É o segundo grupo com o grupamento com maior contingente em 2024 (18,5 milhões), registrou aumento de 2,9% de pessoas ocupadas em relação a 2023
Construção
A Construção ocupou 5,5% mais pessoas em 2024, o que representou 406 mil trabalhadores a mais que o registrado em 2023.
Indústria
A Indústria geral também teve aumento de 2023 para 2024, de 2,6%, chegando a 13,2 milhões de ocupados. Esse número está 1,6% acima do patamar de 2012 (13 milhões) e 1,8% abaixo de 2014, quando atingiu o maior contingente da série, de 13,5 milhões de pessoas.
Queda na Agricultura
Por outro lado, Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve a maior queda de pessoas ocupadas em 2024 (7,9 milhões) frente a 2023 (8,1 milhões), redução de 258 mil trabalhadores (-3,2%)
Trimestre
No trimestre encerrado em dezembro do ano passado, a taxa de desocupação não apresentou variação significativa frente ao trimestre anterior, e fechou em 6,2%.
A população ocupada, de 103,8 milhões, cresceu em ambas as comparações: 0,8% – ou mais 789 mil pessoas – no trimestre e 2,8% – mais 2,8 milhões de pessoas – no ano.
Frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2023, sete grupamentos cresceram:
- Indústria Geral (3,2%, ou mais 413 mil pessoas);
- Construção (5,6%, ou mais 414 mil pessoas);
- Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (2,8%, ou mais 543 mil pessoas);
- Transporte, armazenagem e correio (5,2%, ou mais 296 mil pessoas);
- Alojamento e alimentação (4,2%, ou mais 230 mil pessoas)
- Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (3,7%, ou mais 461 mil pessoas); e
- Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,8%, ou mais 690 mil pessoas).
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