Desemprego cai para 5,8% em junho, menor nível da série histórica

A taxa de desocupação do Brasil ficou em 5,8% no trimestre encerrado em junho, chegando ao menor nível da série histórica, iniciada em 2012. O número veio abaixo das expectativas de analistas de mercado, que projetavam queda para 6%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira.

Os números incorporam a reponderação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, realizada pelo instituto e divulgada nesta quinta-feira. A série foi atualizada com base nos novos dados de população medidos pelo Censo Demográfico 2022.

O rendimento médio mensal da população também alcançou recorde em junho, chegando a R$ 3.477, o maior patamar da série histórica. Já a massa de rendimento real habitual, indicador que mede a soma das remunerações de todos os trabalhadores, atingiu R$ 351,2 bilhões, também alcançando recorde.

O resultado do trimestre encerrado em junho registrou recordes em diversos indicadores do mercado de trabalho, que segue com resiliência. A taxa de participação na força de trabalho (62,4%), o nível da ocupação e o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que chegou a 39,0 milhões, alcançaram os maiores números já registrados.

A quantidade de desalentados, ou seja, aqueles que desistiram de procurar emprego, também de destacou com quedas significativas.

Informalidade nos menores níveis da série

A proporção de trabalhadores informais entre os ocupados chegou ao segundo menor patamar da série histórica, com taxa de 37,8%, totalizando 38,7 milhões de trabalhadores nessa condição. O indicador só é maior do que o observado em igual trimestre de 2020, quando a pandemia forçou a saída dos informais do mercado de trabalho. Por isso, a taxa de informalidade recuou para 36,6%.

O contingente de informais caiu, apesar do aumento de 2,6% do contingente de trabalhadores sem carteira assinada, que chegou a 13,5 milhões, e do aumento de 3,8% do número de trabalhadores por conta própria com CNPJ. Este grupo, na comparação trimestral, incorporou 256 mil pessoas no período.

Os números de maio, divulgados pelo IBGE no mês passado, mostravam que o desemprego havia caído para 6,2%, que até então havia sido a menor taxa para o mês da série histórica, renovada pelo recorde de junho.

Economistas vem observando uma resiliência do mercado de trabalho, com geração de empregos e renda das famílias ainda sendo impulsionados por um crescimento da economia acima do esperado ao final de 2024 e no primeiro trimestre de 2025. Porém, a expectativa é que uma desaceleração comece a alcançar os empregos a partir do segundo semestre deste ano.

Foto: Márcio Alves

D1 com O Globo

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