A escolha do vice-governador para as chapas que disputarão as eleições de 2026 na Paraíba ainda é cercada de incertezas, aponta o jornalista Ian Braga, em análise durante o programa Boca Quente Parte Dois. Segundo Braga, tanto a chapa governista quanto a oposição ainda discutem nomes que possam compor a majoritária.
Historicamente, lembra Braga, a definição de vices costuma ocorrer às vésperas das convenções eleitorais. Ele cita exemplos recentes, como Lucas Ribeiro, que foi anunciado na chapa de Pedro Cunha na oposição apenas na véspera da convenção, e Domiciano Cabral, lançado em situação semelhante.
No caso da oposição, Braga observa que Pedro Cunha, apontado inicialmente como possível vice na chapa de Cícero Lucena, já descartou disputar qualquer mandato em 2026. Com isso, surgem outras possibilidades para ocupar a posição, incluindo o deputado federal e ex-prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues. No entanto, Braga destaca que Romero já manifestou preferência por permanecer como deputado federal, cargo que oferece maior prestígio e influência política, deixando claro que só aceitaria a vice-governadoria mediante condições, como a indicação de aliados em vagas proporcionais.
Outros nomes debatidos nos bastidores são Ronaldo Cunha — que enfrenta o desafio de conquistar capilaridade eleitoral suficiente — e a possibilidade do retorno de Cásio Cunha Lima, ex-governador e ex-senador da Paraíba, para pacificar e fortalecer a chapa oposicionista.
“É provável que a definição só ocorra nos dias que antecedem a convenção. Até lá, o debate sobre quem será alçado à vice-governadoria continuará intenso tanto na base governista quanto na oposição”, resumiu Ian Braga.
A indefinição da escolha do vice reflete a estratégia histórica de cada grupo político, que costuma avaliar o cenário eleitoral, a força política dos nomes e as alianças estratégicas antes de selar composições para a corrida ao governo estadual.
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