Dois anos do 8/1: Governo reintegra ao acervo da Presidência obras de artes vandalizadas nos atos golpistas

Dois anos após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, o governo reintegrou ao acervo da Presidência da República 21 obras de artes vandalizadas pelos extremistas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou da reintegração das obras, que ocorreu na primeira parte da cerimônia que marca os dois anos dos ataques antidemocráticos.

A primeira-dama Janja foi a primeira a discursar durante o evento.

“Dois anos após a tentativa de destruição da nossa democracia e dos prédios que simbolizam os Poderes da República, estamos aqui. Não para lamentar, mas muito menos para esquecer. Estamos aqui para celebrar e reforçar a democracia, e para entregar ao povo brasileiro o seu patrimônio inteiramente restaurado”, afirmou.

“A vontade do povo brasileiro de lutar pelas liberdades democráticas, junto da união das nossas instituições, impediram a perpetuação de um golpe de Estado há dois anos. O país não aceita mais o autoritarismo”, prosseguiu.

A primeira-dama ainda citou que o Palácio do Planalto foi vítima do “ódio que estimula e continua estimulando atos antidemocrático e falas fascistas”. Ela pontou que a resposta para isso é a união, a solidariedade e o amor.

Janja também citou a cultura e a diversidade como aliadas à democracia.

Segundo o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Antonio Grass, o governo investiu R$ 2 milhões no restauro das obras.

Os recursos também viabilizaram acesso de alunos da rede pública de ensino a ações de educação patrimonial e a produção de um livro sobre a recuperação das peças.

O embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri, afirmou que o restauro do relógio do século XVII é um exemplo da parceria entre os dois países.

“A restauração foi complexa. Precisou da excelência, mas também da criatividade e do jeitinho suíço-brasileiro”, disse.

De acordo com o embaixador, foram mais de mil horas de trabalho, entre Brasil e Suíça, para viabilizar o restauro da peça e treinar profissionais que poderão fazer a manutenção do relógio.

“Acho que é fundamental valorizar e cuidar das nossas relações, da nossa amizade, dos nossos direitos humanos e das nossas democracias, que são delicadas e, ao mesmo tempo, resilientes como esse relógio que volta aqui, hoje, no coração do Brasil. Viva ao Brasil, viva a Suíça. Celebramos nossa amizade e cooperação”, afirmou.

G1

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