Este será o melhor Natal da década para o comércio, segundo Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

O comércio brasileiro se aproxima do Natal de 2025 em um cenário de forte aquecimento da economia e recuperação consistente do consumo. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta que as vendas de fim de ano alcancem cerca de R$ 73 bilhões, crescimento de 2% em relação a 2024, consolidando o melhor desempenho do varejo natalino dos últimos dez anos.

O avanço é impulsionado pela melhora do mercado de trabalho, pelo aumento da renda e por um ambiente de maior confiança dos consumidores. O resultado reforça os efeitos positivos da política econômica adotada pelo governo Lula, que tem favorecido a retomada da atividade econômica e o fortalecimento do consumo das famílias.

Consumo em alta e setores aquecidos

Dados do setor mostram que o varejo registra crescimento expressivo entre novembro e dezembro, especialmente nos segmentos de alimentos, roupas, calçados e acessórios. Nesse período, as vendas vêm subindo cerca de 25%, percentual que pode chegar a 80% no segmento de vestuário e acessórios, tradicionalmente um dos mais fortes no Natal.

Segundo a Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro, os itens mais procurados pelos consumidores neste fim de ano são vestuário, calçados e acessórios, brinquedos e lembrancinhas, artigos de perfumaria e eletrônicos, o que demonstra a amplitude da retomada do consumo em diferentes faixas de renda.

Mais empregos e recorde de contratações

Outro destaque positivo do Natal de 2025 é a geração de empregos. A CNC estima a admissão de mais de 100 mil trabalhadores temporários no comércio neste fim de ano, número 5.500 superior ao registrado em 2024 e o maior da última década. Desse total, mais de 12% devem ser efetivados com carteira assinada após o período natalino.

Os maiores volumes de contratações estão concentrados nos segmentos de hiper e supermercados e de vestuário, que juntos respondem por cerca de 75% das vagas temporárias. A explicação está no fato de esses setores dependerem menos do crédito e apresentarem demanda contínua, mesmo em cenários de juros mais elevados.

Para a CNC, o otimismo do setor também está ligado à expectativa de queda dos juros já no início do próximo ano, o que tende a aquecer ainda mais o mercado de trabalho e melhorar as condições de consumo em 2026. Esse movimento ajuda a explicar a maior aposta do varejo na efetivação de trabalhadores temporários.

Além do aumento das vagas, os salários também apresentam crescimento. O salário médio mensal de admissão neste Natal chega a R$ 1.983,54, valor 7,4% superior ao do ano passado.

Foto: llisson Sales/Folhapress

D1 com Revista Forum

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