O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a nomeação de Guilherme Boulos como o novo ministro da Secretaria Geral da Presidência, com a missão de abordar questões sociais e melhorar a imagem do governo. A escolha de Boulos reflete a intenção de Lula de fortalecer laços com movimentos sociais e trazer novas perspectivas para o Palácio do Planalto. O primeiro grande desafio de Boulos será a formação de sua equipe ministerial, que deverá incluir membros de movimentos como o Movimento Povo Sem Medo e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Essa estratégia visa não apenas integrar esses grupos ao governo, mas também reaproximar o presidente Lula de suas bases sociais.
Apesar da inclusão de diversos movimentos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) não terá representação direta no ministério. No entanto, Boulos planeja estabelecer um canal de diálogo com o MST por meio de reuniões, buscando fortalecer a relação entre o movimento e o governo. Essa aproximação é vista como crucial para consolidar o apoio de setores importantes da sociedade civil, que têm sido historicamente aliados do presidente Lula.
Outro desafio significativo para Boulos será o apoio à deputada federal Erika Hilton na tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do fim da escala 6. A proposta, que sugere uma jornada de trabalho de quatro dias com três dias de folga, ganhou popularidade nas redes sociais, mas enfrenta resistência na Câmara dos Deputados. O governo federal enxerga a PEC como uma oportunidade de aumentar a popularidade de Lula, especialmente com as eleições de 2026 no horizonte. A nomeação de Boulos é vista como uma estratégia para reforçar o discurso de polarização política, alinhando o governo mais à esquerda e buscando apoio de movimentos sociais.
D1 com Joven Pan
