O índice de inadimplência no financiamento imobiliário caiu para 0,8% em contratos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), o menor patamar desde 2007, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O indicador considera atrasos superiores a 90 dias.
Segundo a Abecip, a redução começou em 2019, quando a inadimplência estava em 1,7%, e apresentou queda contínua: 1,4% em 2023 e 1% em 2024. O superintendente da entidade, José Aguiar, atribui a retração ao baixo reajuste das parcelas, corrigidas pela Taxa Referencial (TR) em média 2,03% ao ano, abaixo da inflação medida pelo IPCA (5,4%).
José Aguiar também observa que a alta da remuneração salarial contribui para a quitação antecipada dos financiamentos. “Um empréstimo de 30 anos é quitado normalmente entre dez e 12 anos, indicando uma carteira saudável”, afirmou.
Na Caixa Econômica Federal, responsável por dois terços dos financiamentos imobiliários, a inadimplência em 2024 foi de 1,19%, levemente superior aos números do SBPE, refletindo diferenças nas modalidades de crédito, como financiamentos ligados ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Em comparação, outros tipos de crédito apresentam índices mais altos: 4,5% no crédito pessoal e 14,8% no cheque especial. A Selic, atualmente em 15%, não impacta diretamente o SBPE, segundo especialistas, por conta do reajuste das parcelas baseado na TR.
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D1 com Paraíba Business


