Os motoristas de ônibus de João Pessoa iniciaram, nesta segunda-feira (27), uma greve por tempo indeterminado, afetando cerca de 100 mil passageiros que dependem do transporte público na capital paraibana. A paralisação está concentrada em frente à sede do sindicato da categoria, localizada no bairro da Torre.
A decisão de cruzar os braços foi tomada na última quinta-feira (23), durante uma assembleia geral dos trabalhadores. Em resposta ao movimento, a Justiça da Paraíba determinou que 60% da frota de ônibus continue operando, conforme liminar concedida ao Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa (Sintur-JP).
Reivindicações dos motoristas
Os motoristas reivindicam um reajuste salarial de 15%, o aumento do vale-alimentação de R$ 440 para R$ 800 e o reajuste da comissão para aqueles que acumulam a função de cobrador, que passaria dos atuais R$ 100 para R$ 250.
Além disso, a categoria exige o pagamento do vale-alimentação durante o período de férias e o fim da jornada dupla, que sobrecarrega os trabalhadores.
Negociações em aberto
Ronne Nunes, presidente do sindicato dos motoristas, declarou que a categoria está disposta a negociar com as empresas, mas até o momento não houve avanço nas tratativas. “Estamos abertos ao diálogo para buscar um consenso que atenda às demandas dos motoristas e, ao mesmo tempo, garanta o funcionamento do sistema de transporte para a população”, afirmou.
Impactos à população
A paralisação afeta principalmente os trabalhadores que dependem do transporte público para se deslocar na cidade. Com apenas 60% da frota em operação, há aumento nos tempos de espera e superlotação nos ônibus que continuam circulando.
As negociações entre motoristas e empresas devem prosseguir nos próximos dias, enquanto os passageiros enfrentam os transtornos causados pela greve.
Redação D1
