Um grupo fortemente armado invadiu, na madrugada deste domingo (12), um aeroclube localizado na zona rural de Santa Rita, região metropolitana de João Pessoa, em uma tentativa frustrada de roubo de aeronave que mobilizou as forças de segurança da Paraíba.
De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, os criminosos chegaram ao local durante a madrugada e arrombaram o portão dos fundos do aeroclube. Em seguida, renderam um vigilante e um copiloto que dormia nas dependências do hangar, mantendo ambos como reféns sob ameaça de armas de grosso calibre.
Durante a ação, os bandidos exigiram que as vítimas indicassem qual era a aeronave com maior capacidade de carga no local. Segundo o relato do vigilante, o grupo demonstrava conhecimento técnico sobre aviação e parecia ter planejado detalhadamente o crime, o que reforça a hipótese de que a aeronave seria utilizada para atividades criminosas, como tráfico de drogas ou transporte de mercadorias ilegais.
A aeronave escolhida pelos criminosos, conforme apuração policial, pertence à empresa Ísis Laticínios, que mantém operações no estado. A reportagem tentou contato com representantes da empresa, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
Apesar de terem conseguido acessar a pista, os assaltantes não conseguiram decolar, pois o aeródromo estava sem iluminação no momento da fuga. A aeronave acabou parando em uma área de matagal nas proximidades do hangar. Após o fracasso da tentativa, o grupo abandonou o local e fugiu, deixando as vítimas ilesas, mas visivelmente abaladas.
A Polícia Militar foi acionada logo após o crime, realizou buscas intensas pela região e montou barreiras nas principais saídas do município, porém nenhum dos suspeitos foi localizado até o momento.
A Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC) assumiu as investigações e trabalha com a hipótese de que o grupo tenha ligação com facções criminosas interestaduais, considerando o modus operandi sofisticado e o alvo específico da ação.
As autoridades seguem investigando para identificar os envolvidos e apurar se há outros ataques planejados a aeroclubes da região. O caso segue sob sigilo enquanto novas diligências são realizadas.