Um caso brutal de violência doméstica chocou moradores de um condomínio de alto padrão localizado no bairro de Ponta Negra, zona Sul de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Na noite do último sábado (27), uma mulher foi violentamente agredida com mais de 60 socos pelo próprio namorado, dentro do elevador do prédio onde o casal residia.
A vítima, que não teve o nome divulgado, ficou com o rosto desfigurado e múltiplas lesões após as agressões. O autor do espancamento foi identificado como Igor Eduardo Pereira Cabral, que aparece em imagens de câmeras de segurança desferindo os golpes com os punhos contra a mulher, sem que ela tivesse chance de reagir.
As imagens mostram o momento em que o agressor inicia a violência ainda dentro do elevador, atingindo a vítima no rosto, cabeça e corpo, de forma contínua e com extrema brutalidade. A sequência de socos chocou até mesmo os profissionais de segurança do prédio.
Segundo uma amiga da vítima, que preferiu não se identificar, o segurança do condomínio, que acompanhava as câmeras em tempo real, percebeu o ataque e acionou imediatamente a Polícia Militar. Quando o elevador chegou ao térreo, moradores já aguardavam o agressor e conseguiram contê-lo até a chegada dos policiais. Ele foi preso em flagrante no local.
Após ser conduzido à Delegacia de Plantão da Zona Sul de Natal, Igor Eduardo prestou depoimento e alegou, de forma controversa, que sofre de claustrofobia, o que teria provocado um “surto”. A justificativa foi descartada pelas autoridades.
No domingo (28), o suspeito passou por audiência de custódia, na qual a Justiça do Rio Grande do Norte decretou sua prisão preventiva, acatando o pedido do Ministério Público. Ele permanecerá preso enquanto responde pelo crime de lesão corporal no contexto de violência doméstica, com possibilidade de outras qualificações, como tentativa de feminicídio, a depender da conclusão do inquérito policial.
A mulher foi socorrida e recebeu atendimento médico. Ainda não há informações sobre seu estado de saúde, mas fontes próximas relataram que ela está emocionalmente abalada e fisicamente debilitada.
O caso gerou grande repercussão nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a violência contra a mulher e a necessidade de proteção imediata às vítimas. O condomínio, por meio de nota, afirmou que está colaborando com as investigações e prestando apoio à vítima.
A Polícia Civil segue apurando os fatos e reforça o pedido para que casos de violência doméstica sejam denunciados pelo Disque 180 ou diretamente às delegacias especializadas.
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Redação D1