Durante a inauguração do Hospital da Mulher, em João Pessoa, nesta terça-feira (5), o deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), se manifestou sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ao ser questionado por jornalistas, Motta adotou uma postura institucional, destacando que, embora todos os cidadãos tenham direito à ampla defesa, as decisões judiciais devem ser respeitadas e cumpridas, independentemente de avaliações pessoais.
“Existe um processo no Supremo Tribunal Federal que não é de hoje. O ministro Alexandre de Moraes tem conduzido esse inquérito. Existem dois lados da história. Eu penso que o direito de defesa tem que ser respeitado, é um direito de todos. Mas decisão judicial tem que ser cumprida”, afirmou o presidente da Câmara.
Hugo Motta reforçou que não cabe a ele, nem a qualquer autoridade, fazer juízo de valor sobre decisões do Judiciário. “Não cabe aqui ao presidente da Câmara ou a ninguém estar comentando ou avaliando essa ou aquela decisão”, completou.
Pressão da oposição e ameaça de obstrução no Congresso
Durante o evento, o parlamentar também comentou a movimentação de deputados da oposição, que ameaçam obstruir as votações na Câmara Federal como forma de pressionar pela votação do projeto que prevê anistia aos condenados e investigados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Em resposta, Motta foi firme ao afirmar que qualquer atitude contrária ao regimento interno será encaminhada ao Conselho de Ética da Casa. “Nós temos um Conselho de Ética que apura tudo o que pode, contra qualquer parlamentar, qualquer partido, em qualquer linha ideológica. É dessa forma que a plenitude da Casa vai funcionar e irá seguir funcionando”, declarou.
A fala de Hugo Motta evidencia seu compromisso com a estabilidade institucional e o respeito às regras democráticas, mesmo diante de tensões políticas provocadas pelas recentes decisões judiciais envolvendo o ex-presidente Bolsonaro.
Redação D1