O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que rompeu com o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ): “Não tenho mais interesse em ter nenhum tipo de relação com o deputado Lindbergh Farias”. A decisão ocorre em meio ao desgaste crescente entre o governo Lula e a Câmara, intensificado após queixas do grupo de Motta sobre o comportamento do petista em reuniões e debates, e especialmente durante a discussão do projeto de lei antifacção, quando o Planalto e sua base entraram em conflito com a cúpula da Casa.
A escolha de Motta pelo relator Guilherme Derrite (PP-SP), secretário de segurança de Tarcísio de Freitas, irritou o governo, que criticou as mudanças feitas no texto e orientou voto contrário, sendo derrotado. Líderes do centrão relatam forte deterioração na relação com o Planalto, citando acordos descumpridos e baixa execução orçamentária. Embora aliados neguem ruptura com a ministra Gleisi Hoffmann, admitem que a relação também ficou abalada, enquanto José Guimarães (PT-CE) tem atuado para tentar reduzir o tensionamento.

A crise ocorre num momento em que a relação do governo com o Senado também se fragiliza, após a indicação de Jorge Messias ao STF contrariar parte da cúpula da Casa, que defendia Rodrigo Pacheco. A reação incluiu a pauta-bomba conduzida por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). O cenário aprofunda a instabilidade política enfrentada pelo Planalto desde o início da gestão.
Difusora1 com informações do Paraíba Online



