O influenciador paraibano Hytalo Santos se tornou o nome mais comentado na rede social X (antigo Twitter) e o termo mais pesquisado no Google Brasil na tarde desta sexta-feira (15), após ser preso junto do marido, Euro, em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo. A detenção aconteceu no contexto de uma investigação conduzida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre suposta exploração e exposição de crianças e adolescentes em conteúdos publicados nas redes sociais.
O caso ganhou repercussão nacional depois que o youtuber Felca, dono de um canal com mais de 4 milhões de inscritos, publicou um vídeo denunciando o que chamou de “adultização” de menores nas produções de Hytalo. O material desencadeou uma série de críticas e ampliou a pressão para que autoridades tomassem providências. Em resposta, a Justiça da Paraíba já havia determinado medidas cautelares, como o bloqueio dos perfis do influenciador, a desmonetização de seus vídeos e a proibição de qualquer contato com adolescentes citados no processo.
A prisão foi executada em uma operação conjunta que envolveu o MPPB, o MPT, a Polícia Civil da Paraíba e de São Paulo, além da Polícia Rodoviária Federal. As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, da 2ª Vara de Bayeux, que também determinou buscas e apreensões de equipamentos e materiais relacionados às investigações.
Segundo fontes ligadas ao inquérito, o casal foi detido para garantir a preservação de provas e evitar possíveis tentativas de intimidação de testemunhas. As autoridades investigam se os conteúdos produzidos configuram crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bem como violações à legislação trabalhista pela suposta exploração de menores em atividades com fins lucrativos.
O caso segue sob sigilo judicial, mas o impacto nas redes sociais foi imediato, com o nome de Hytalo figurando entre os assuntos mais comentados por horas. Especialistas em direito digital e proteção à infância apontam que a investigação pode se tornar um marco nas discussões sobre limites éticos e legais na produção de conteúdo envolvendo menores na internet.
Redação D1