Em 2024, 32,4% dos domicílios particulares permanentes na Paraíba, o que correspondem a aproximadamente 481 mil lares, enfrentariam algum grau de insegurança alimentar, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE) nesta sexta-feira, 10. O índice representa uma redução de 3,5 pontos percentuais em relação ao ano anterior, quando o número era de 36%. Em comparação com 2017/2018, a queda foi ainda mais significativa, com uma diminuição de 21,1 pontos percentuais.
Uma pesquisa, que integra o módulo de Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), mostra que, entre 2023 e 2024, a Paraíba registrou uma queda de 53 mil domicílios em situação de insegurança alimentar, representando índice de redução de 9,9%.
A pesquisa traz informações sobre a condição de segurança alimentar nas unidades domiciliares do país, tendo como referencial metodológico a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Por meio dessa escala, é possível identificar e classificar os domicílios de acordo com os graus de severidade com que o aspecto é vivenciado pelas famílias neles residentes, possibilitando, assim, estimar a magnitude do problema da insegurança alimentar nessas unidades.
O indicador estadual de domicílios em insegurança alimentar calculado para 2024 ficou acima da média brasileira (24,2%), mas abaixo da nordestina (34,8%). Já no ranking das unidades da federação, embora tenha sido a 1ª 1ª mais elevada do Brasil, foi a 3ª menor do Nordeste, onde o Ceará (30,5%) e o Rio Grande do Norte (29,4%) aparecem com os dois melhores resultados.
Embora tenha conseguido reduzir a prevalência de insegurança alimentar em 2024, uma pesquisa mostra que 34,3% (1,4 milhão) da população paraibana ainda vivenciavam alguma restrição alimentar ou se preocupavam com a possibilidade de ocorrência de tal restrição, devido à insuficiência de recursos para a aquisição de alimentos. Em 2023, havia cerca de 1,5 milhão de pessoas nessa condição, ou seja, 121 mil pessoas a mais que em 2024.
O levantamento revelou ainda que uma maior redução na insegurança alimentar ocorreu em domicílios em situação grave, com uma queda de 34,8% entre 2023 (89 mil) e 2024 (58 mil), ou seja, uma diminuição de 31 mil domicílios. Em 2024, a proporção de lares com insegurança alimentar grave na Paraíba foi de 3,9% , uma queda de 2,1 pontos em relação a 2023 (6%). No ano passado, o Estado superou a média nacional (3,1%), mas ficou abaixo da média do Nordeste (4,4%), destacando-se com o melhor resultado da região, ao lado do Rio Grande do Norte.
Em 2024, 115 mil domicílios paraibanos (7,8% do total) com 313 mil pessoas (7,6% da população) viviam com insegurança alimentar moderada, caracterizada pela redução de alimentos ou violação nos padrões alimentares. Isso representa uma queda de 9,4% no número de domicílios e 16,8% no total de pessoas em comparação a 2023. A Paraíba ocupa a 5ª posição no Brasil em proporção de domicílios com insegurança moderada, ficando atrás apenas do Pará, Roraima, Bahia e Piauí.
Já o nível de insegurança alimentar, que afeta 308 mil domicílios (23,2% da população) e 959 mil pessoas, causou uma redução de nível, passando de 21,5% em 2023 para 20,7% em 2024. Embora ainda seja superior à média nacional (16,4%), está abaixo da média regional (22,5%) e é a 3ª menor do Nordeste, superando apenas o Rio Grande do Norte (19,3%) e o Ceará (19,8%).
D1 com Paraíba Business