Jarismar Pereira faz apelo emocionante pelo resgate e preservação da memória histórica de Cajazeiras

Em seu comentário no programa Boca Quente – Parte Dois, o comunicador Jarismar Pereira fez um relato carregado de emoção e preocupação sobre o futuro da memória histórica de Cajazeiras. Após visitar o bairro São José, acompanhado do padre Francivaldo, Jarismar conheceu de perto o acervo mantido pelo historiador Agnaldo, figura reconhecida pela dedicação à preservação da cultura política, religiosa e social da cidade.

Jarismar descreveu a experiência como “encantadora”, destacando documentos raros, fotografias, gravações em fita cassete, atas históricas e registros que remontam aos primeiros passos da educação, da política e da religiosidade local. Entre os itens que o impressionaram, citou a ata referente à construção do Colégio Estadual, assinada por nomes como Maílson da Nóbrega e Dom Moisés — “tesouros” que, segundo ele, não podem desaparecer.


Um acervo raro prestes a se perder

O comentarista lamentou que grande parte desse material esteja sob risco por depender exclusivamente da dedicação pessoal de Agnaldo, que já tem idade avançada. Para Jarismar, a falta de continuidade é uma ameaça real:

“Vai se perder, porque quando Agnaldo não puder mais, geralmente os filhos não continuam. Só um apaixonado guarda uma história dessas.”

Fotografias de figuras populares como Teresa do Pau, registros da vida nas ruas de Cajazeiras, além de arquivos sobre políticos como Zerinho, Ivan Bichara, Deodato Cartaxo, Bosco Barreto e tantos outros, compõem um verdadeiro mosaico da memória cajazeirense — um patrimônio que, se não for protegido, pode desaparecer para sempre.


Crítica às famílias e ao poder público

Jarismar também criticou a postura das famílias de personalidades históricas da cidade, que, segundo ele, não demonstram interesse em preservar a memória dos próprios ancestrais:

“Eu fiquei impressionado como filhos de várias autoridades que têm recursos enormes não constroem o museu do pai, não querem lembrar do pai, dos discursos, das histórias.”

Para ele, esperar uma solução exclusiva do poder público é arriscado, dado o histórico de abandono patrimonial no Brasil e, particularmente, na Paraíba. A solução mais imediata, afirma, está na iniciativa privada, especialmente daqueles que detêm condições financeiras de manter viva a história das próprias famílias.


Um apelo à população: ‘Não deixem morrer’

Encerrando seu comentário, Jarismar fez um chamado direto ao público:

“Não deixe morrer. Se alguém tiver condições, resgate. Fale com Agnaldo, resgate a história da sua família.”

O comunicador reforçou que preservar o acervo é um ato de responsabilidade afetiva, cultural e comunitária — e que o mínimo que as famílias podem fazer é evitar que histórias tão valiosas desapareçam com o tempo.

O alerta de Jarismar ressoa como um lembrete da urgência em proteger a memória de Cajazeiras, cidade marcada por figuras, episódios e tradições que construíram sua identidade e que, segundo ele, correm sério risco de se perder se nada for feito.

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