O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), respondeu com ironia, nesta quinta-feira (24), às declarações do senador Efraim Filho (União Brasil) sobre um possível racha na base governista. Em entrevista recente, Efraim afirmou que há divergências internas na articulação da chapa que deve disputar a sucessão de Azevêdo nas eleições de 2026, o que, segundo ele, poderia abrir espaço para a oposição se fortalecer no cenário eleitoral.
Sem mencionar diretamente o senador, João Azevêdo rebateu a insinuação com um tom sarcástico, minimizando qualquer crise dentro de sua base política. “Bom, eu não quero fazer comentário em cima de quem está esperando que haja rompimento no governo para poder ter candidato”, afirmou o governador, sugerindo que a oposição depende de uma eventual instabilidade no seu grupo para conseguir se viabilizar eleitoralmente.
Atualmente, os principais nomes cotados dentro do campo oposicionista são o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (Podemos); o atual prefeito da cidade, Bruno Cunha Lima (União Brasil); além do próprio Efraim Filho, que vem se posicionando como uma das vozes mais críticas ao governo estadual e articulando alianças de olho nas eleições de 2026.
Já no campo governista, três nomes despontam como possíveis sucessores de João Azevêdo: o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos), que já manifestou abertamente sua intenção de disputar o cargo; o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), que conta com o respaldo de setores importantes da base; e o secretário de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Deusdete Queiroga (PSB), figura de confiança do governador e com forte perfil técnico.
A troca de farpas evidencia o início da movimentação política rumo às eleições estaduais de 2026, onde a disputa pelo comando do Palácio da Redenção promete ser acirrada e marcada por rearranjos tanto na base governista quanto no bloco de oposição.
Redação D1
