Em pronunciamento em rede nacional neste domingo (30/11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o “privilégio” da elite ao “pagar menos Imposto de Renda (IR)” que trabalhadores e destacou a lei sancionada em 26/11 que isentará do IR quem recebe até R$ 5 mil mensais a partir de 2026. Ele afirmou que, “mais de 100 anos após o início do Imposto de Renda”, a medida combate a “injustiça tributária”. Lula citou que o 1% mais rico concentra 63% da riqueza do país, enquanto a metade mais pobre detém 2%, classificando o quadro como “vergonhoso”.
O presidente disse que a nova regra é “um passo decisivo”, mas “apenas o primeiro”, e que o governo seguirá enfrentando privilégios. A Receita Federal estima uma injeção de R$ 28 bilhões na economia com a mudança. Além da isenção total para salários de até R$ 5 mil, a lei prevê isenção parcial para rendas até R$ 7.350. Segundo o governo, cerca de 16 milhões de pessoas serão beneficiadas — hoje só é isento quem ganha até R$ 3.036.
Para compensar a perda de arrecadação, calculada em R$ 24,8 bilhões em 2026, R$ 27,7 bilhões em 2027 e R$ 29,6 bilhões em 2029, o projeto cria tributação maior sobre altas rendas: contribuinte que recebe acima de R$ 600 mil por ano pagará imposto mínimo, chegando a 10% para quem ultrapassa R$ 1,2 milhão. Estados e municípios também serão compensados por meio de repasses trimestrais dos fundos.
Difusora1 com informações de O Tempo