O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta terça-feira (11/3), que o chefe do Executivo dos Estados Unidos, Donald Trump, precisa respeitar o Brasil. Trump tem acusado o Brasil de ser um dos países que mais taxam os EUA e há uma ofensiva judicial de aliados dele contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Não adianta o Trump ficar gritando de lá, porque eu aprendi a não ter medo de cara feia. Fale manso comigo, fale com respeito comigo, que eu aprendi a respeitar as pessoas e quero ser respeitado. É assim que a gente vai governar este país”, disse Lula, em discurso.
O petista está em Betim, município de Minas Gerais, para a inauguração do Centro de Desenvolvimento de Produtos de Mobilidade Híbrida-Flex da Stellantis. O local será responsável pelo desenvolvimento de motores a combustão de alta eficiência.
O presidente Lula reforçou a necessidade de um respeito mútuo entre as nações e destacou que o Brasil tem buscado crescimento sem menosprezar nações aliadas.
“O Brasil não quer ser maior do que ninguém, mas o Brasil não aceita ser menor. Queremos ser iguais, porque sendo iguais a gente aprende a se respeitar mutuamente”, completou o petista.
Em fevereiro, Trump formalizou a taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio. O aumento da alíquota afeta diretamente o Brasil, uma vez que o país é o terceiro maior exportador de aço para os EUA.
Transição energética
O presidente Lula, ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem defendido um modelo mais sustentável para a indústria automobilística no Brasil, seja no desenvolvimento de carros que emitam menos ou em combustíveis mais sustentáveis.
O governo federal chegou a lançar o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação e o Programa Nacional do Diesel Verde, visando, justamente, à transição energética da matriz brasileira.
Um estudo realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que presta serviços ao Ministério de Minas e Energia, indica que a frota de veículos elétricos e híbridos deve ultrapassar um milhão de unidades até 2030.
A expectativa, no entanto, é de que os híbridos flex, aqueles que usam etanol e eletricidade, devem representar 97% da frota híbrida até 2032.
D1 com Metrópoles
